Militares do Comando Militar do Leste ajudarão a desobstruir estradas na Região Serrana
O governador Sérgio Cabral decretou luto oficial, por sete dias, pelas vítimas das inundações e dos desabamentos causados.
>> FOTOGALERIA: Cenas de devastação em Teresópolis
Bombeiros fazem resgate emocionante de um menino de seis meses em Nova Friburgo | Foto: Gerson Gonçalo / Agência O Dia
Sobreviventes enfrentam sede, fome e desesperoAlém da dor de perder tudo, sobreviventes da tragédia que matou mais de 550 pessoas passam fome e sede nas cidades da Região Serrana destruídas pela chuva. O drama de contar mortos e a procura por parentes parecem um trabalho interminável para os moradores, que enfrentam a pior catástrofe natural do Brasil. Muitos acessos estão bloqueados e comunidades, isoladas. Após a tragédia, os moradores enfrentam falta de comida, água, comunicação e a disparada de preços. Morador do bairro São Geraldo, em Friburgo, Rodrigo Svoboda, 25 anos, perdeu o irmão e está sem alimentos em casa. “A queda de barreira deixou o bairro ilhado. Tenho esperança de que, com maquinário, alimentos cheguem”, disse.
Região Serrana enfrenta a pior catástrofe de sua história
Castigada por um temporal que fez chover em 24 horas mais do que era esperado para todo o mês, a Região Serrana do Rio enfrenta desde a noite de terça-feira a pior catástrofe de sua história e uma das maiores do estado. Com o número de mortos, desabrigados, desalojados, feridos e desaparecidos, a tragédia já superou o registrado em janeiro de 2010 em Angra dos Reis e abril, na capital e Niterói.
>> FOTOGALERIA: Rastro de destruição em Friburgo e em Petrópolis
Localidades inteiras foram soterradas por lama no município de Teresópolis. No bairro Caleme, uma represa da Cedae transbordou por causa da tromba d’água, provocando o deslizamento de encostas sobre casas e carros. Em Nova Friburgo, três bombeiros que seguiam para resgatar vítimas quando o carro onde estavam foi soterrado por uma avalanche.
Petrópolis também sofreu devastação em diferentes pontos. O Distrito de Itaipava foi o mais atingido. O soterramento de uma casa na localidade Vale do Cuiabá matou 12 pessoas de uma mesma família. Corpos foram recolhidos por moradores e depositados às margens de um rio à espera de resgate.
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