terça-feira, 26 de agosto de 2008

Jobim também quer fatia do pré-sal

Ministro defende que empresas destinem percentual para reequipar as Forças Armadas

BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendeu o aumento de recursos destinados às Forças Armadas, em relação ao Produto Interno Bruto e também do pré-sal. Segundo ele, hoje são destinados 1,5% do PIB e esse porcentual deve passar para 2,5% até o final do governo Lula. O ministro, que participou ontem da cerimônia do Dia do Soldado, no Quartel General do Exército, disse que o assunto está sendo discutido dentro da nova política de defesa nacional que será anunciada no dia 7 de setembro.

Jobim falou ainda que já há uma "decisão política" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de liberar os R$ 3 bilhões da Marinha referentes aos royalties que estão contingenciados. Ele entende que com a descoberta de novas reservas de petróleo as empresas contribuam mais para o reaparelhamento das Forças, uma vez que elas estarão dando proteção aos seus equipamentos.

"Têm de vir mais recursos para as Forças Armadas", disse o ministro ao comentar a participação das empresas beneficiárias no aumento deste bolo. "Elas estarão prestando serviço (às empresas) e têm de ser recompensadas", declarou. Ele explicou, em seguida, que "não é uma questão de ser mercenário, nem toma lá dá cá. É que elas têm de participar dos investimentos".

O ministro Jobim defendeu ainda o redimensionamento do serviço militar obrigatório, criando forças de reserva, com os excedentes, que prestariam serviço social civil. O ministro quer, também, mudar a característica das pessoas que ingressam nas fileiras das Forças Armadas, seja nas escolas, seja no serviço militar obrigatório, com maior representatividade de todas as classes sociais.

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