sexta-feira, 15 de agosto de 2008

TSE autoriza Forças Armadas nas eleições do Rio, mas envio depende de pedido de Cabral

Os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiram nesta quinta-feira por unanimidade enviar homens das Forças Armadas para o Rio de Janeiro. Mas antes o presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, avisou que vai aguardar a requisição do governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB), para autorizar a liberação dos militares.

A proposta foi apresentada pelo ministro Carlos Alberto Menezes Direito, do STF (Supremo Tribunal Federal), e contou com apoio de todos os ministros do TSE.

A discussão, envolvendo as ameaças à segurança nas eleições no Rio em decorrência de grupos de milícias e traficantes, ocupou boa parte da sessão realizada hoje no TSE.

Os ministros debateram os pontos favoráveis e contrários à presença de Forças Armadas em áreas. A principal divergência girou em torno do caráter de intervenção que a decisão poderia ter.

Ameaças

Ayres Britto defendeu sobre a necessidade de haver o que chamou de "coalizão de forças policiais" --com homens do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, além da Força Nacional de Segurança-- neste período eleitoral até a realização do 2º turno das eleições em outubro.

Para o presidente, é fundamental assegurar condições para que os candidatos possam fazer suas campanhas, a imprensa acompanhar os políticos em todos os locais do Rio e mais os eleitores de votarem.

Ayres Britto contou que tem mantido conversas com Cabral Filho, que concordou com o envio de militares para o Rio para "assegurar a regularidade do processo eleitoral". "Ele repetiu que uma eventual requisição de forças militares, eventual coalizão de forças policiais, encontrará da parte dele todas as boas vindas."

Providências

Na última segunda-feira (11), Carlos Ayres Britto participou de uma reunião com autoridades federais, estaduais e municipais no Rio. De acordo com ele, na conversa, as autoridades confirmaram que serão dadas prioridades na tramitação de inquéritos relativos às ameaças de traficantes e milícias, campanhas de esclarecimento sobre a inviolabilidade do voto e mais o direito de escolta para os candidatos interessados.

Ayres Britto disse ter retornado de sua viagem "mais tranqüilo". "Voltei do Rio mais tranqüilo e confortado por entender que essas providências conjugadas têm efeitos", disse ele.

Apesar do otimismo, o presidente do TSE propôs a discussão com os demais ministros. Menezes Direitos confirmou que havia um "comportamento feudal" , em decorrência dos comandos dos milicianos e traficantes, em áreas específicas do Rio.

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