quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Rousseff força demissão do ministro da Defesa


Dilma Rousseff e o ministo Nelson Jobim Dilma Rousseff e o ministo Nelson Jobim (Ueslei Marcelino/Reuters)
A Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, pediu nesta quinta-feira ao ministro da Defesa que se demita, devido a declarações que este terá prestado à revista Piauí. Nelson Jobim terá dito que a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, é “muito fraquinha” e que a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, “nem sequer conhece Brasília”, adiantou o jornal O Globo.

A confirmar-se a demissão, que já terá sido decidida por Rousseff e que deverá ser formalizada quando Jobim regressar de uma viagem oficial a Tabatinga, na fronteira do Amazonas com a Colômbia, esta será a terceira baixa no Governo brasileiro desde que tomou posse, a 1 de Janeiro deste ano.

O antigo ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, renunciou ao cargo no início de Julho, depois de ter sido envolvido num escândalo de fraudes em concursos públicos para obras supervisionadas pelo seu ministério. Ocupava a pasta desde 2003, no Governo de Lula da Silva. Um mês antes da sua demissão já tinha sido destituído o então ministro da Casa Civil, António Palocci, que se viu envolvido num escândalo de enriquecimento ilícito.

Dilma Rousseff conversou com Nelson Jobim ao telefone e disse-lhe que, perante a polémica causada pelas suas declarações sobre os outros membros do Governo, ele deveria pedir a demissão. Caso contrário, não lhe restaria outra opção senão demiti-lo, noticiou o Folha de São Paulo.

Jobim nega que se tenha referido de forma pejorativa ao trabalho de Ideli Salvatti e Gleisi Hoffmann, ao contrário do que é referido em excertos da entrevista à revista Piauí, que só chega amanhã às bancas, publicados pelo Folha de São Paulo.

O ministro já tinha causado polémica quando tornou público, durante uma entrevista a uma estação de televisão, que votou em José Serra, candidato que Dilma Rousseff venceu na segunda volta das presidenciais disputadas no ano passado.

Dilma Rousseff convocou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, para uma reunião de emergência que deverá decorrer hoje, noticiou O Globo. Ele e o senador Aldo Rebelo são apontados como prováveis sucessores de Jobim.

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