terça-feira, 27 de novembro de 2007

Depois do plano, o reequipamento

Jobim afirma que Forças Armadas serão reequipadas após a conclusão do plano de defesa nacional

BRASÍLIA - Na cerimônia de apresentação dos sete novos oficiais-generais promovidos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, ontem, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, avisou aos militares que o processo de reequipamento das Forças Armadas só será desencadeado depois de concluído e aprovado o plano estratégico de defesa nacional, em setembro do ano que vem.

"Acredito que após a aprovação do plano estratégico de defesa nacional poderemos, finalmente conseguir o aparelhamento tão desejado pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica", disse Jobim, em discurso, após reiterar que "é preciso inserir a questão da defesa na agenda nacional" e defender que o desenvolvimento das Forças Armadas seja aliado ao desenvolvimento econômico e tecnológico do País.

Apesar da previsão de longo prazo para o início do tão desejado reaparelhamento das três forças, o ministro da Defesa informou aos militares, ainda no discurso, que "o presidente da República tem plena consciência das enormes dificuldades que os oficiais promovidos irão encontrar no exercício das suas funções". E lembrou que, por isso mesmo, "tem tratado a situação orçamentária das Forças Armadas".

Ele tem repetido que, para este ano de 2008, já conseguiu elevar o orçamento da Força de R$ 6 bilhões para R$ 9 bilhões e que este valor ainda poderá ser elevado para R$ 10 bilhões, a serem empregados em custeio e em investimentos. "O governo tem um sério compromisso com os militares, As Forças Armadas, além dos papéis constitucionais e tem contribuído com o PAC - programa de aceleração econômica", declarou o ministro, ao citar as obras de engenharia que estão a cargo do Exército.

Ao se referir ao plano estratégico, o ministro Jobim lembrou que os estudos estão sendo realizados para que se defina que tipo de forças armadas o país quer e precisa e, o reequipamento das Forças será definido para atender a estes objetivos. "O presidente da República e o Ministério da Defesa querem nossas Forças Armadas orgulhosas dos armamentos, tudo para servir o País", observou Jobim, que completou: "queremos militares altivos, equipados, treinados e motivados profissionalmente".

Nas Forças Armadas, há grande apreensão com a corrida armamentista desencadeada pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez. Em audiência na Câmara dos Deputados, no final de outubro, Jobim minimizou as compras realizadas pela Venezuela. No entanto, reconheceu, que a fronteira amazônica precisa ser vigiada.

"O cumprimento da tarefa de defesa nacional brasileira não é expansionista em questões territoriais, mas sim para conservação de seu território। Nas fronteiras amazônicas é preciso tratamento diferenciado", disse.

http://www.tribuna.inf.br/noticia.asp?noticia=pais01

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