O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Guanabara distribuiu nota oficial sobre o crime do estudante Édson Luís de Lima Souto, de 16 anos, exigindo a prisão do General Osvaldo Niemeyer e a demissão do general Dário Coelho e a punião de todos os demais culpados.
A nota oficial, na íntegra, é a seguinte: "Ainda traumatizado pelos acontecimentos do Calabouço e da Cinelândia, de que resultaram a morte do estudante Édson Luís de Souto e de ferimentos em dezenaos de pessoas, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Guanabara vem manifestar o seu veemente repúdio a tais violências e exigir a apuração dos fatos para exemplar punição dos culpados.
Entre as vítimas dos atos de vandalismo encontram-se quatro jornalistas profissionais, que como já se tornou rotina nos últimos tempos, foram agredidos com selvageria pela tropa de Polícia Militar, quando faziam a cobertura dos acontecimentos. Não é esta a primeira vez que o fato ocorre. Como das anteriores, esperamos que desta vez os criminosos não fiquem impunes.
Negrão não consegue atrair Exército para a crise
O governo federal, apesar da insistência do governador Negrão de Lima, negou-se a adotar qualquer providência que pudesse significar uma intervenção no estado, preferindo insistir na tese de que as autoridades estaduais eram responsáveis pela crise gerada com o assassinato do estudante Édson Luís de Lima Sousa, e que apenas se o Exército estadual perdesse completamente o controle da situação é que o Poder Federal assumiria o controle da Guanabara.
Desde as primeiras horas da manhã, ante à revolta popular que dominava toda a cidade, o governador Negrão de Lima procurou o ministro do Exército, general Aurélio Lira Tavares, e confessou que estava sem meios para evitar o recrudescimento da crise e perguntou se as Forças Armadas não poderia "colaborar" no policiamento ostensivo.
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