Pré-sal é usado para temperar até desfile militar
EFE
O pré-sal tornou-se o tempero político predileto de Lula. É salpicado em praticamente todos os eventos que Brasília serve à opinião pública.
Neste 7 de Setembro, o pré-sal veio misturado ao desfile militar, presenciado por Lula e por Cristina Kirchner.
Numa ala dedicada à celebração dos "valores nacionais", meteu-se uma alegoria em forma de torre petrolífera, cercada de crianças fantasiadas de petroleiros.
Noutra ala, a dos "valores do civismo", enfiou-se uma bandeira da Petrobras. Nesse diapasão, a platéia acaba enjoando do condimento ainda na fase do aperitivo.
O prato de resistência do domingo, prometido há meses, não foi à mesa. Adiou-se a apresentação do Plano Estratégico de Defesa Nacional.
Vem sendo costurado pelos ministros Nelson Jobim (Defesa) e Mangabeira Unger (Assuntos Estrategicos). Projeta as Forças Armadas dos próximos 30 anos.
Ao anunciar o adiamento, Mangabeira como que antecipou a indigestão: "Eu prevejo que, quando o plano for lançado, ele será muito atacado...”
“...Vão acusá-lo de ser desperdício de dinheiro e um instrumento de corrida armamentista...”
“...Esses ataques não são apenas previsíveis mas também indispensáveis para o debate nacional."
Em abril, numa reunião com deputados, Mangabeira referira-se ao plano de defesa com expressões guerreiras. Coisas assim:
“Vivemos num mundo em que a intimidação ameaça tripudiar sobre a cordura. Neste mundo, os meigos precisam andar armados. Armemo-nos...!”
“...Armemo-nos consolados e fortalecidos por uma convicção: o Brasil está predestinado a engrandecer‑se sem imperar.”
Nos próximos dias, o país será apresentado à conta.
Escrito por Josias de Souza às 17h03
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