segunda-feira, 21 de julho de 2008

Caravana Batista visitou Museu da FEB em Aquidauana (MS)




Uma caravana da Igreja Batista da Glória, localizada em Vila Velha - Espírito Santo, composta por mais de 40 pessoas, juntamente com membros da IBCA - Igreja Batista Central em Aquidauana, visitaram o Museu da FEB - Força Expedicionária Brasileira, no quartel do 9º BE Cmb - 9º Batalhão de Engenharia de Combate. A visita em Aquidauana aconteceu na tarde deste domingo (20). O grupo permaneceu na cidade por três dias, ocasião em que realizou atividades culturais, bíblicas e brincadeiras com mais de 200 crianças da região da Lagoa Comprida, Bairros Serraria, Dona Nenê e Santa Terezinha.

No museu, a equipe foi recebida pelo relações públicas da unidade, sub-tenente Jeová. Os capixabas tiveram a oportunidades de conhecer um pouco da história vitoriosa das tropas brasileiras durante a Segunda Grande Guerra. No local, estão expostas peças valiosas da nossa história, armamentos e muito mais. A caravana gospel batista também visitou a estrutura levantada na entrada do batalhão que homenageia aos heróis febianos que partiparam do confronto da 2ª Guerra Mundial.

Para o Pr. Vilfredo, que chefiou a caravana, mais do que uma visita a presença do grupo no quartel foi um verdadeira aula de história. "Fomos surpreendidos pelas inúmeras peças que este batalhão preserva aqui no Pantanal", comentou o pastor que também é professor no Espírito Santo.

Anastácio Notícias

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Costa não cede e povo volta às ruas amanhã (Tribuna da Imprensa há 40 anos)

3 de julho de 1968

Os estudantes da Guanabara decidiram voltar às ruas amanhã, em face da recusa do presidente Costa e Silva em atender às suas reivindicações básicas: reabertura do restaurantre do Calabouço e a libertação dos colegas presos. O encontro do marechal com a Comissão dos "Cem Mil" ontem, em Brasília, nada produziu. Fechando questão naqueles dois pontos, o presidente da República baseou toda a sua argumentação em preconceitos e fez exigências que a Comissão classificou de "inaceitáveis".

Uma delas, por exemplo, estipulava que os estudantes seriam soltos se assumissem o compromisso de "nunca mais haver passeatas". Quanto ao Calabouço, o marechal nem sequer aceitou discutir mais o assunto. Da passeata de amanhã participarão, além dos estudantes, organizações femininas, de pais, mestres, sindicais, grupos intelectuais e artísticos.

A marcha foi permitida oficialmente pelo sr. Negrão de Lima que, entretanto, fez uma ameaça velada: "A Cidade não poderá ser paralisada uma vez por semana". Os estudantes de São Paulo sairão às ruas hoje à tarde em protesto contra a prisão de dezesseis colegas.

Regresso de Lacerda surpreende a todos e preocupa governo

O regresso antecipado do sr. Carlos Lacerda provocou ontem, em todos os escalões do governo, a maior preocupação. Nos setores militares, a notícia do retorno do ex-governador surpreendeu até os responsáveis pelas repartições oficiais de segurança, enquanto a área civil só tomou conhecimento do fato através do noticiário das emissoras de rádio e de televisão, às últimas da tarde.

Assessores do ministro da Justiça desmentiram, formalmente, que tenha caráter oficial a ameaça já feita ao sr. Carlos Lacerda de que, no caso de atacar novamente as autoridades governamentais, o seu processo anterior, onde aparece enquadrado na Lei de Segurança Nacional, seria imediatamente encaminhado ao presidente Costa e Silva. "Na área civil - acentuaram - nada existe de concreto contra o ex-governador".

Lideranças do governo buscam fórmula para evitar uma crise

Interessados no encaminhamento de uma fórmula política que assegure a estabilidade do regime e evite a possibilidade de edição de atos excepcionais, as lideranças políticas do governo mostravam-se ontem muito preocupadas, principalmente o senador Daniel Krieger que, atento à gravidade da situação e após estabelecer diversos contatos, chegou a admitir a possibilidade de suspender sua viagem à Alemanha, já marcada há mais de um mês para hoje.

Comentava-se nos meios políticos que o governo, em face da crise que se esboça, pretende agir em duas frentes para garantir a autoridade do presidente da República; através da repressão à ação subversiva e atuando para o estabelecimento do diálogo "com aqueles que esteja realmente dispostos a dialogar".

terça-feira, 1 de julho de 2008

Governo vai reforçar fronteiras da Amazônia, diz Jobim

Brasília - Sob ataque dos críticos da demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse hoje que o governo vai reforçar a presença de soldados nas regiões de fronteira na Amazônia. A reserva se estende por áreas próxima a fronteira com a Venezuela e preocupa os militares. O ministro participou hoje de audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara.

Jobim disse que o governo aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a demarcação. Segundo o presidente do STF, Gilmar Mendes, o julgamento das ações que contestam a demarcação é "prioridade máxima" da Corte, na volta do recesso, em agosto.

Por quase três horas, Jobim respondeu a perguntas sobre a questão indígena e a Amazônia. Ele disse que a região não é composta apenas por florestas e que não se resume a preocupações ambientais ou de soberania. Daí, destacou, o porquê da questão ser tratada não como caso policial, mas sim como questão econômica.

"A Amazônia é composta por 21 milhões de pessoas. Não podemos trabalhar como querem os ambientalistas de fora do Brasil. A Amazônia não pode ser tratada como uma coleção de árvores para lazer de estrangeiros", disse. "Se considerássemos apenas como reserva absoluta, teríamos de matar as 21 milhões de pessoas que ali vivem", disse ele, frisando a necessidade de um plano eficaz de desenvolvimento sustentável.

Cobrança

Ao ser cobrado pelo deputado Carlos Santana (PT-RJ), Jobim passou um pito no Congresso. "Existem 18 projetos sobre a questão indígena tramitando na Câmara. Se organizem. Juntem tudo e imponham essa pauta. Imponham aos seus líderes e à Mesa (Diretora)", cobrou. "Essas sessões, me desculpem, viram catarse individual que não levam a decisões coletivas", afirmou.

Jobim prosseguiu insistindo que se os deputados não são capazes de fazer acordos não podem reclamar das decisões do Judiciário. "Se os senhores não fazem acordo e produzem ambigüidade, estão entregando ao Judiciário a capacidade de legislar", disse.

Ana Paula Scinocca
UOL