segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Lula reúne Dilma e Jobim para decidir sobre Rafale


  Ricardo Stuckert/PRLula agendou para o próximo sábado (4) uma reunião com a sucessora Dilma Rousseff e o ministro Nelson Jobim (Defesa).

Vai à mesa um tema espinhoso: a aquisição dos 36 caças que equiparão a Força Aérea Brasileira.

A pedido de Lula, Jobim fará a Dilma uma exposição sobre os motivos que o levam a recomendar a compra do avião Rafale, de fabricação francesa.

Endossado por Lula, o parecer do ministro se sobrepôs à posição da própria FAB, que preferia os caças Grippen, fabricados na Suécia.

A Força Aérea alega que, além de sair pela metade do preço, os Grippen atendem mais às necessidades brasileiras do que os Rafale.

Jobim contrapõe o argumento de que a França comprometeu-se a transferir tecnologia para o Brasil.

Para poupar Dilma da polêmica, Lula deseja anunciar a compra do equipamento da França antes de deixar o Planalto. Porém...

Porém, condiciona o anúncio à concordância de Dilma. Do contrário, deixará que a pupila tome a decisão depois da posse, em janeiro de 2011.

Lula espera, de resto, que, antes da reunião de sábado, Dilma acerte com Jobim os detalhes da permanência dele na pasta da Defesa.

A presidente eleita inclusive já conversou com Jobim na última sexta (26). A sobrevida do ministro foiassegurada nesse contato.

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Escrito por Josias de Souza às 05h17

 

domingo, 28 de novembro de 2010

Tropa de elite do Exército faz adestramento em Porto Murtinho

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Toninho Ruiz

Populares da zona urbana de Porto Murtinho puderam acompanhar das barrancas do rio Paraguai na última sexta-feira (26), o exercício de adestramento da força de elite da 2ª Companhia de Fronteira. Os militares realizaram exercício de embarque e desembarque.
Toninho Ruiz

Os militares embarcam em um helicóptero, que sobrevoou o canal do rio em frente à cidade, em altura baixa. As tropas saltaram da aeronave no rio Paraguai. O exercício visa oferecer grau de dificuldade de desembarque em locais de difícil acesso ou em situações adversas, em eventuais combates em região alagada.
O exercício também visa qualificar em combate móvel os militares da fronteira que são responsáveis por salvaguardar a soberania nacional em fronteira com outros países. O exercício contou com apoio da Marinha do Brasil e da Agência Fluvial de Porto Murtinho.

sábado, 27 de novembro de 2010

Exército apreende mochila com mais de 30 mil dólares no Alemão


G1/LH
Homens do Exército apreenderam na manhã deste sábado (27) uma mochila com mais de 30 mil dólares no Conjunto de Favelas do Alemão, na Penha, Zona Norte do Rio, segundo o Comando Militar do Leste.
De acordo com um soldado que participa do cerco ao local, a bolsa estava com uma criança que saía da favela e foi detida. O material foi entregue à Polícia Militar.
Desde sexta-feira (26), cerca de 800 homens do Exército cercam a favela, junto com policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar.
Neste sábado, os agentes intensificaram as blitz e revistas no local. Além de pedestres, veículos de passeio, táxis e até caminhões de lixo são revistados. Nesta manhã é possível ouvir alguns tiros no local. Pelo menos outras três pessoas foram detidas.
Presos suspeitos de atacarem helicóptero
Os dois homens baleados após furarem o cerco policial no entorno do  Alemão estavam envolvidos na queda de um helicóptero da polícia ano passado no Morro dos Macacos, também na Zona Norte da cidade, e seriam chefes do tráfico no local. As informações são da Polícia Militar.

Segundo a polícia, eles foram atingidos nas nádegas. Depois de atendidos no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, foram levados para a 22 ª DP (Penha). Um outro suspeito, que, de acordo com a polícia, seria menor, foi detido e também levado para a delegacia.
Balas traçantes
No final da noite de sexta-feira (26), traficantes voltaram a atacar. Imagens gravadas por uma equipe da TV Globo mostram balas traçantes atravessando a comunidade. Os tiros atingiram a base onde estão abrigados os policiais militares do Batalhão de Choque da PM (BPChoque).

De acordo com o coronel Lima Castro, relações públicas da PM, desde domingo foram registrados 96 veículos incendiados, 48 armas, 8 granadas apreendidas, além de grande quantidade de drogas e material inflamável. Além disso, a PM informou que, até esta tarde, o número de presos era de 196.
 

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ministério da Defesa libera envio de 800 militares do Exército ao RJ

ExpressoMT - ‎há 10 minutos‎
O Ministério da Defesa informou, na noite desta quinta-feira (25), que, a pedido do governo do Rio de Janeiro, serão enviados 800 militares do Exército para auxiliar a polícia local no combate à onda de violência na capital do estado e em cidades ...
Diário Catarinense - O Dia Online - Estadão - Extra Online

domingo, 21 de novembro de 2010

Nelson Jobim diz que França leva vantagem na venda de caças ao Brasil


DA AGÊNCIA BRASIL
O ministro Nelson Jobim (Defesa) considera que a França leva vantagem sobre os Estados Unidos e a Suécia na venda de aviões de caça ao Brasil.

Jobim afirmou que a decisão será definida nas próximas semanas e frisou que não se trata apenas da aquisição de um tipo da avião, mas de um acordo maior envolvendo repasse de tecnologia, quesito que favoreceria os franceses.

Jobim participou na sexta-feira da entrega do Prêmio Personalidade França-Brasil 2010 ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio Laranjeiras, no Rio de Janeiro.

"Não estamos comprando um avião. Nós estamos comprando um pacote tecnológico. Porque nós queremos aprender e isso significa uma grande gama de engenheiros e o desenvolvimento da indústria nacional", afirmou o ministro.

Jobim afirmou que o interesse brasileiro é adquirir conhecimento e disse que o país que ofereceu uma proposta superior na transferência de tecnologia foi a França e nesse ponto estaria à frente dos demais.

"A França tem uma autonomia tecnológica que decorre de uma decisão do [ex-presidente Charles] de Gaulle tomada depois da guerra".

O ministro disse que a decisão será tomada conjuntamente pelo presidente Lula e pela presidente eleita, Dilma Rousseff, até o dia 19 de dezembro, quando se inicia o recesso de fim de ano na máquina pública.

A concorrência para a venda dos caças envolve os Rafale, da francesa Dassault, Gripen NG, da empresa sueca Saab, e o F-18 fabricado pela norte-americana Boeing.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Edson Nogueira Paim é promovido a Coronel (Danuza Peixoto)


Clique no seguinte LINK para ler a Portaria 84-DGP/DA PROM (EXÉRCITO), de 27 de outubro de 2010 (Diário Oficial da União, de 4 de novembro de 2010):

http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=04/11/2010&jornal=2&pagina=13&totalArquivos=56

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Exército combate tráfico na fronteira com veículos de guerra e até cães farejadores

Liziane Berrocal, da fronteira com o Paraguai (*)


Os motoristas que chegam aos postos de fiscalização de fronteira podem se assustar num primeiro momento da fiscalização. No posto da Polícia Rodoviária Federal, na BR 163 próximo a Dourados, viaturas e militares armados com fuzis e fardas camufladas param os motoristas e os orientam sobre a importância da operação.
Já no caso do posto Pacuri, na BR 463, a 17 quilômetros de Ponta Porã, veículos mais pesados fazem parte da paisagem e auxiliam na operação. Tanques de guerra, jipes, caminhonetes e até mesmo helicópteros fazem parte do cenário.
A fronteira foi fechada com cones de sinalização e arame farpado e os homens camuflados contam ainda com a ajuda de cães adestrados para farejar entorpecentes. Segundo o comandante do terceiro esquadrão da 11 Brigada de Cavalaria Motorizada, os cães sã usados para auxiliar na busca de drogas escondidas pelos traficantes.
No esquadrão há uma sessão de “cães de guerra”, adestrados para buscas de entorpecentes. E os cães trabalham bem. Esse é o caso de Bool, um labrador caramelo de pouco mais de dois anos que já participou da apreensão de carregamentos de até 120 quilos de cocaína e pasta base da droga.
O treinamento é feito usando bastões onde há um pouco da droga. “Com o bastão fazemos o estímulo dos sentidos do cão e também como se fosse um brinquedo. O cão é estimulado a buscar o entorpecente pelo cheiro”, explica o capitão.
O adestrador de Bool é o sargento Frazão. Segundo ele, o labrador é um cão dócil e bastante utilizado nesse tipo de operação. No canil da corporação que funciona desde 2007, são cinco cães adestrados para participarem das operações militares. E não pensem que o “cão de guerra” é mais sério que os outros. Brincalhão, Bool é receptivo com a reportagem e segundo o adestrador, esse e o primeiro passo para o treinamento.
“Trabalhamos a afetividade com os cães, que é a primeira prerrogativa para estabelecer a relação de confiança com eles”, explica Frazão.
Um cão adestrado para operações de busca tem em média sete anos de trabalho, e após esse tempo, vai para a “reserva”. Quando então é adotado por algum dos militares e vai viver como um cão normal, mas com o “dever cumprido”.
Liziane Berrocal

(*) A repórter acompanha a operação a convite do Comando Militar do Oeste

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Cratera da Lua seria um oásis, com mais água que o Deserto do SaaraPublicada em 22/10/2010 às 11h12m O Globo RIO - A Lua guarda tesouros que até recentemente os cientistas ignoravam. Quando, em outubro do ano passado, a Nasa, a agência espacial americana, arremessou contra a cratera Cabeus um pedaço de foguete e o satélite Lcross, parte do Lunar Reconnaissance Orbiter, eles esperavam detectar na nuvem de poeira levantada apenas alguns traços de água. O que encontraram, no entanto, vai muito além disso: prata e outros minerais que podem se mostrar fundamentais para a manutenção de uma eventual estação lunar, além de uma espécie de oásis com mais água que o Deserto do Saara. As conclusões foram publicadas em uma série de artigos na revista "Science" desta semana. - É um recurso valioso e confirma que algumas partes da Lua têm mais água que a Terra - disse Anthony Colaprete, principal investigador do Satélite de Sensoriamento e Observação de Crateras Lunares (Lcross, na sigla em inglês), da Nasa. Haveria 4 bilhões de litros de água As areias do Saara têm de 2% a 5% de água. Na Lua, a quantidade do líquido cristalizado na cratera, que fica em uma escuridão permanente, chega a 8,5% da mistura e é bem mais fácil de ser extraída do que a do deserto. Os cientistas estimam que a Cabeus guarde algo em torno de 4 bilhões de litros de água. Purificada, ela poderia ser usada pelos astronautas para beber ou até mesmo transformada em hidrogênio e oxigênio, essenciais para o combustível de naves espaciais. - É um número alto, bem maior do que estávamos antecipando - afirmou Colaprete. - A cratera é um oásis no deserto lunar. Os recursos estão lá e potencialmente podem ser usados em missões futuras - acrescentou. A colisão do pedaço de foguete e do Lcross com a Lua foi transmitida pela internet e causou frustração na época, já que o impacto não gerou explosões, fogo ou fumaça. Mas, ao analisar os resíduos do choque, os cientistas encontraram muito mais do que estavam procurando. Em novembro do ano passado, uma equipe anunciou que o impacto tinha levantado ao menos 100 litros de água, confirmando a suspeita de que havia água nas crateras da Lua. Com os novos dados, as estimativas subiram para 152 litros. Ao calcular a quantidade de resíduos soltos pelo choque, foi possível estimar a quantidade do líquido dentro da cratera pela primeira vez. Também causou surpresa aos pesquisadores os outros elementos e moléculas detectados pelo Lcross próximo ao pólo sul da Lua. As substâncias foram encontradas num dos lugares mais frios do Sistema Solar, com temperatura de 187 graus Celsius negativos no lugar mais profundo da Cabeus, marcada por uma história de impactos e acúmulos de detritos por mais de 2 bilhões de anos. - É como se ela fosse um reservatório do nosso clima cósmico - explicou Peter H. Schultz, professor de Ciências Geológicas da Brown University. - Este lugar parece uma arca do tesouro dos elementos, de compostos que foram liberados por toda a Lua e que foram reunidos neste balde nas sombras permanentes. Além da prata, os cientistas detectaram a presença de cálcio, magnésio e mercúrio na Lua. Diante desta variedade de minerais, eles agora podem examinar sua abundância relativa e especular que tipos de objetos atingiram o satélite ao longo de sua história. Parte do material parece com o que é encontrado em cometas, enquanto outra pode ter sido produzida por reações químicas, o que indicaria que a Lua tem um ambiente dinâmico. Segundo a Nasa, ao entenderem os processos e ambientes que determinariam onde a água pode ser encontrada na Lua, como e.

Publicada em 22/10/2010 às 11h12m
O Globo


RIO - A Lua guarda tesouros que até recentemente os cientistas ignoravam. Quando, em outubro do ano passado, a Nasa, a agência espacial americana, arremessou contra a cratera Cabeus um pedaço de foguete e o satélite Lcross, parte do Lunar Reconnaissance Orbiter, eles esperavam detectar na nuvem de poeira levantada apenas alguns traços de água. O que encontraram, no entanto, vai muito além disso: prata e outros minerais que podem se mostrar fundamentais para a manutenção de uma eventual estação lunar, além de uma espécie de oásis com mais água que o Deserto do Saara. As conclusões foram publicadas em uma série de artigos na revista "Science" desta semana.

- É um recurso valioso e confirma que algumas partes da Lua têm mais água que a Terra - disse Anthony Colaprete, principal investigador do Satélite de Sensoriamento e Observação de Crateras Lunares (Lcross, na sigla em inglês), da Nasa.
Haveria 4 bilhões de litros de água

As areias do Saara têm de 2% a 5% de água. Na Lua, a quantidade do líquido cristalizado na cratera, que fica em uma escuridão permanente, chega a 8,5% da mistura e é bem mais fácil de ser extraída do que a do deserto. Os cientistas estimam que a Cabeus guarde algo em torno de 4 bilhões de litros de água. Purificada, ela poderia ser usada pelos astronautas para beber ou até mesmo transformada em hidrogênio e oxigênio, essenciais para o combustível de naves espaciais.

- É um número alto, bem maior do que estávamos antecipando - afirmou Colaprete. - A cratera é um oásis no deserto lunar. Os recursos estão lá e potencialmente podem ser usados em missões futuras - acrescentou.

A colisão do pedaço de foguete e do Lcross com a Lua foi transmitida pela internet e causou frustração na época, já que o impacto não gerou explosões, fogo ou fumaça. Mas, ao analisar os resíduos do choque, os cientistas encontraram muito mais do que estavam procurando. Em novembro do ano passado, uma equipe anunciou que o impacto tinha levantado ao menos 100 litros de água, confirmando a suspeita de que havia água nas crateras da Lua. Com os novos dados, as estimativas subiram para 152 litros. Ao calcular a quantidade de resíduos soltos pelo choque, foi possível estimar a quantidade do líquido dentro da cratera pela primeira vez.

Também causou surpresa aos pesquisadores os outros elementos e moléculas detectados pelo Lcross próximo ao pólo sul da Lua. As substâncias foram encontradas num dos lugares mais frios do Sistema Solar, com temperatura de 187 graus Celsius negativos no lugar mais profundo da Cabeus, marcada por uma história de impactos e acúmulos de detritos por mais de 2 bilhões de anos.

- É como se ela fosse um reservatório do nosso clima cósmico - explicou Peter H. Schultz, professor de Ciências Geológicas da Brown University. - Este lugar parece uma arca do tesouro dos elementos, de compostos que foram liberados por toda a Lua e que foram reunidos neste balde nas sombras permanentes.

Além da prata, os cientistas detectaram a presença de cálcio, magnésio e mercúrio na Lua. Diante desta variedade de minerais, eles agora podem examinar sua abundância relativa e especular que tipos de objetos atingiram o satélite ao longo de sua história. Parte do material parece com o que é encontrado em cometas, enquanto outra pode ter sido produzida por reações químicas, o que indicaria que a Lua tem um ambiente dinâmico.

Segundo a Nasa, ao entenderem os processos e ambientes que determinariam onde a água pode ser encontrada na Lua, como ela chegou lá e o ciclo do líquido no satélite, planejadores de futuras missões poderão escolher melhor os locais de pouso.

- Creio que os pólos (da Lua) acabam de abrir muitas novas questões para nós - disse Schultz. - Acho que é nosso destino voltar lá, e não apenas em termos comerciais - concluiu.

sábado, 6 de novembro de 2010

Dilma deve tirar Meirelles do BC para reduzir juros logo no início do governo

Ao contrário de Lula, que deu carta branca às medidas de contenção de inflação do Banco Central, presidente eleita quer ser avalista de política mais voltada ao crescimento econômico e estímulo ao setor privado, incluindo micro e pequenas empresas

06 de novembro de 2010 | 17h 57


João Domingos, de O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Embora avalie que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, foi importante para sustentar a política de combate à inflação do governo Lula e certeiro nas medidas de contenção dos efeitos da crise econômica mundial de 2008 e 2009 no Brasil, a presidente eleita, Dilma Rousseff, tende a não aproveitá-lo no posto.

É certo que Dilma vai centralizar em torno de si todas as ações econômicas do início do governo, disse ao Estado um de seus mais importantes colaboradores.

Pretende, com isso, alcançar dois objetivos: forçar a redução nas taxas de juros logo na primeira reunião do Conselho de Política Monetária (Copom) e mostrar que, ao contrário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela terá o controle de todos os setores do governo, a começar pela economia.

Tanto é assim que o primeiro bloco de auxiliares a ser anunciado será o da equipe econômica.

Com a centralização e a pressão explícita para que os juros baixem - o que Lula nunca exerceu em relação ao Banco Central -, Meirelles ficará numa posição desconfortável, pois sua política de combate à inflação tem sido sempre a de, por absoluta prevenção, manter os juros altos.

A própria Dilma se garante como avalista da estabilidade econômica. Em entrevista ao SBT, na terça-feira à noite, ela avisou que fará a centralização.

"Não serão pessoas que serão responsáveis por isso", afirmou, referindo-se ao tripé formado por metas de inflação, câmbio flutuante e contas equilibradas.

"Sou eu a responsável. E como responsável, eu asseguro: seja quem esteja à frente do cargo, eu assegurarei no País a questão da estabilidade econômica."

Embaixada

Uma solução para Meirelles - e ele já se mostrou simpático à ideia - seria nomeá-lo embaixador do Brasil em Washington.

É um nome com muito trânsito nos meios financeiros e governamentais, atributos essenciais para a interlocução de um governo Dilma que ainda não tomou posse mas já faz coro e, ao lado de Lula, acusa os Estados Unidos de, junto com a China, promoverem uma "guerra cambial" no mundo.

O PMDB, ao qual Meirelles é filiado, ainda tem esperanças de emplacá-lo no Ministério da Fazenda ou no dos Transportes.

Mas Dilma tem sido aconselhada a manter Guido Mantega, decisão que contaria com a simpatia de Lula.

E o Ministério dos Transportes é um feudo do PR, embora o PMDB esteja, numa espécie de escambo político, tentando trocá-lo pela Agricultura.

Conforme um integrante do governo muito próximo de Dilma, ela quer lotar o setor econômico na Esplanada dos Ministérios com "defensores de ações desenvolvimentistas" - como ela.

A presidente eleita acredita que, assim como ocorreu na gestão Lula, principalmente depois da crise econômica mundial, o governo tem entre os seus papéis fundamentais fazer a indução para o desenvolvimento e o crescimento econômico.

Na visão de Dilma, exposta ao longo de conversas mantidas na campanha, será preciso reduzir os juros para "contaminar o setor privado" e incentivá-lo a investir cada vez mais.

O plano estratégico prevê alcançar a meta de taxa real de 2% de juros (descontada a inflação) em 2014.

Ela defende ainda a desoneração da folha de pagamentos e investimentos muito fortes nas micro e pequenas empresas.

Para tanto, Dilma pretende elevar o limite de enquadramento de empresas no Simples Nacional. "Esse foi um dos melhores modelos: aumentamos a arrecadação, o grau de formalização da economia", disse ela na entrevista ao SBT. "Pretendo aumentar o limite de enquadramento."

Dessa forma, explicou, mais empresas poderão se beneficiar do sistema tributário simplificado. Ela, porém, não revelou qual seria o novo limite.

Atualmente, são consideradas microempresas passíveis de inscrição no Simples aquelas que têm faturamento bruto de até R$ 240 mil ao ano.

O programa também admite empresas de médio porte com faturamento de até R$ 2,4 milhões.

Hoje, há cerca de 3,9 milhões de pessoas jurídicas inscritas no programa. Também está em análise a elevação do limite de enquadramento dos microempreendedores individuais (MEI), hoje em R$ 36 mil ao ano.

Pasta

Dilma revelou durante a campanha ter "vontade" de criar um ministério específico para as micro, pequenas e médias empresas.

O nome mais cotado para essa nova pasta é o de Alessandro Teixeira, atual presidente da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), um dos coordenadores da sua campanha presidencial.

Ela acredita que será possível fundir ministérios, fazendo com que a estrutura de governo fique do tamanho da atual, com 35 ministros.

O ideal seria reduzir, mas Dilma não vê como atender à base partidária governista - que tem uma dezena de legendas - promovendo uma lipoaspiração na Esplanada.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Veja o primeiro discurso de Dilma Rousseff como presidente eleita (Vídeo)

Cliique no seguinte LINK para ler a matéria e para ver o vídeo no final da postagem:

http://noticias.r7.com/eleicoes-2010/noticias/em-1-discurso-dilma-agradece-lula-e-diz-que-batera-a-sua-porta-20101031.html