sábado, 27 de setembro de 2008

Brasil precisa de pelo menos seis submarinos nucleares, diz presidente da Eletronuclear

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro - A construção do primeiro submarino nuclear brasileiro, que deve ficar pronto em 2020, deve ser apenas o ponto de partida. O país necessita, pela extensão de sua costa e a descoberta de imensas jazidas de petróleo, de pelo menos seis submarinos nucleares.

A avaliação é do diretor-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, almirante reformado da Marinha e mentor do programa nuclear brasileiro.

“Pelo tamanho da nossa costa, eu diria que seria necessário pelo menos seis nucleares. Defesa é uma coisa que é preciso ter para não usar”, afirmou.

Ele participou hoje (26) da cerimônia de criação da Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (Cogesn), no Rio de Janeiro.

Othon conta que em 1978 recebeu a incumbência de iniciar os primeiros estudos para um submarino nuclear brasileiro, o que resultou depois no domínio quase completo do ciclo do urânio que o país detém hoje.

Ele só lamenta que o projeto tenha sofrido uma descontinuidade, com o corte quase total de verbas em 1994, só retomado anos depois, na gestão do atual governo. “O presidente Lula tem demonstrado uma visão de estadista. Um metalúrgico estadista. Ele viu que [o programa nuclear] era necessário e virou programa de governo”, disse.

Segundo Othon, o mais caro e difícil é construir o primeiro submarino, com os custos se reduzindo na construção de outras embarcações. Enquanto um convencional fica em torno de US$ 600 milhões, um nuclear atinge US$ 1,5 bilhão. “Todo produto custa mais caro no início. O segundo submarino vai custar entre 10% e 15% mais barato e assim por diante, até um limite”, disse.

Othon é engenheiro nuclear pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). Foi gerente do Programa de Desenvolvimento das Ultracentrífugas Brasileiras para Enriquecimento de Urânio e do Programa de Desenvolvimento da Propulsão Nuclear da Marinha do Brasil.
Ele defende os gastos em pesquisa na área de energia nuclear como investimento em fonte de geração de empregos e de caráter estratégico para o país: “Quanto mais você sabe, menos você paga. Quando você não sabe nada, paga tudo. A ignorância custa muito caro

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil


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Rio de Janeiro - A construção do primeiro submarino nuclear brasileiro, que deve ficar pronto em 2020, deve ser apenas o ponto de partida. O país necessita, pela extensão de sua costa e a descoberta de imensas jazidas de petróleo, de pelo menos seis submarinos nucleares.

A avaliação é do diretor-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, almirante reformado da Marinha e mentor do programa nuclear brasileiro.

“Pelo tamanho da nossa costa, eu diria que seria necessário pelo menos seis nucleares. Defesa é uma coisa que é preciso ter para não usar”, afirmou.

Ele participou hoje (26) da cerimônia de criação da Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (Cogesn), no Rio de Janeiro.

Othon conta que em 1978 recebeu a incumbência de iniciar os primeiros estudos para um submarino nuclear brasileiro, o que resultou depois no domínio quase completo do ciclo do urânio que o país detém hoje.

Ele só lamenta que o projeto tenha sofrido uma descontinuidade, com o corte quase total de verbas em 1994, só retomado anos depois, na gestão do atual governo. “O presidente Lula tem demonstrado uma visão de estadista. Um metalúrgico estadista. Ele viu que [o programa nuclear] era necessário e virou programa de governo”, disse.

Segundo Othon, o mais caro e difícil é construir o primeiro submarino, com os custos se reduzindo na construção de outras embarcações. Enquanto um convencional fica em torno de US$ 600 milhões, um nuclear atinge US$ 1,5 bilhão. “Todo produto custa mais caro no início. O segundo submarino vai custar entre 10% e 15% mais barato e assim por diante, até um limite”, disse.

Othon é engenheiro nuclear pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). Foi gerente do Programa de Desenvolvimento das Ultracentrífugas Brasileiras para Enriquecimento de Urânio e do Programa de Desenvolvimento da Propulsão Nuclear da Marinha do Brasil.
Ele defende os gastos em pesquisa na área de energia nuclear como investimento em fonte de geração de empregos e de caráter estratégico para o país: “Quanto mais você sabe, menos você paga. Quando você não sabe nada, paga tudo. A ignorância custa muito caro

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Reunião no Rio define atuação das Forças Armadas na eleição

Da Agência Brasil


Rio de Janeiro - A atuação das Forças Armadas em casos como flagrantes de crimes eleitorais e tumultos nas eleições municipais de outubro será decidida em reunião hoje (9) no Comando Militar do Leste, no Rio.

Vão participar do encontro representantes das Forças Armadas; o vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio, desembargador Alberto Mota Moraes; o coordenador de Fiscalização da Propaganda Eleitoral no estado, Luiz Márcio Pereira; o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame; o superintendente da Polícia Federal, Valdinho Jacinto Caetano; o procurador regional eleitoral Rogério Nascimento; e o promotor eleitoral Marcos Ramayana.

Designado para representar o TRE junto ao Comando Militar do Leste, o juiz Márcio Pereira vai repassar aos militares os locais onde a fiscalização do tribunal detectou a interferência de grupos armados na campanha eleitoral.

domingo, 7 de setembro de 2008

Pré-sal é usado para temperar até desfile militar




EFE




O pré-sal tornou-se o tempero político predileto de Lula. É salpicado em praticamente todos os eventos que Brasília serve à opinião pública.



Neste 7 de Setembro, o pré-sal veio misturado ao desfile militar, presenciado por Lula e por Cristina Kirchner.



Numa ala dedicada à celebração dos "valores nacionais", meteu-se uma alegoria em forma de torre petrolífera, cercada de crianças fantasiadas de petroleiros.



Noutra ala, a dos "valores do civismo", enfiou-se uma bandeira da Petrobras. Nesse diapasão, a platéia acaba enjoando do condimento ainda na fase do aperitivo.



O prato de resistência do domingo, prometido há meses, não foi à mesa. Adiou-se a apresentação do Plano Estratégico de Defesa Nacional.



Vem sendo costurado pelos ministros Nelson Jobim (Defesa) e Mangabeira Unger (Assuntos Estrategicos). Projeta as Forças Armadas dos próximos 30 anos.



Ao anunciar o adiamento, Mangabeira como que antecipou a indigestão: "Eu prevejo que, quando o plano for lançado, ele será muito atacado...”



“...Vão acusá-lo de ser desperdício de dinheiro e um instrumento de corrida armamentista...”



“...Esses ataques não são apenas previsíveis mas também indispensáveis para o debate nacional."



Em abril, numa reunião com deputados, Mangabeira referira-se ao plano de defesa com expressões guerreiras. Coisas assim:



“Vivemos num mundo em que a intimidação ameaça tripudiar sobre a cordura. Neste mundo, os meigos precisam andar armados. Armemo-nos...!”



“...Armemo-nos consolados e fortalecidos por uma convicção: o Brasil está predestinado a engrandecer‑se sem imperar.”



Nos próximos dias, o país será apresentado à conta.

Escrito por Josias de Souza às 17h03

O soldado que o Brasil quer

Mais jovens das fronteiras e da classe média serão chamados. Carentes serão profissionalizados

Marco Aurélio Reis e Ananda Rope

BRASÍLIA E RIO - Soldados equipados com uniformes e armamentos modernos, mas bem mais leves que os usados por tropas dos Estados Unidos e Europa. Homens especialistas para defesa em regiões inóspitas do País, como a selva amazônica. Guerreiros com a disciplina e o conhecimento do campo de batalha.

Nas fileiras ao lado desses soldados marcados por morarem em regiões próximas às fronteiras, jovens de classe média e outros oriundos de famílias pobres dos centros urbanos. Aos primeiros, remuneração maior que os R$ 471 pagos atualmente aos recrutas das Forças Armadas. Aos demais, cursos profissionalizantes com atividades práticas nos quartéis e carta de apresentação para obter emprego após o serviço militar obrigatório.

Assim é o soldado idealizado pelo governo para defender o Brasil após o marco histórico do Plano Estratégico de Defesa, que será divulgado até o fim do ano. O documento está pronto, seria apresentado neste domingo, mas o próprio presidente Lula pediu mais tempo para discuti-lo dentro do governo.

Ambicioso, o programa promete reaparelhar quartéis, além de mudar o serviço militar e ressuscitar a indústria bélica nacional, com incentivos fiscais e vantagens nas licitações para abastecer as unidades militares com armas e veículos , entre outros insumos de defesa.

O plano promete ainda revolucionar o serviço militar, que anualmente entrevista 1,6 milhão de jovens brasileiros com 18 anos de idade, mas seleciona só 80 mil para o ingresso nos quartéis. A proposta é que o número de convocados aumente para 100 mil no ano que vem, chegando a dobrar para 200 mil no médio prazo.

A proposta será não só para rapazes, mas também para moças, como Thaiane de Barros, 17 anos, recém alistada no Serviço Militar da Marinha. “É uma oportunidade para quem não tem condição para pagar um curso técnico ou profissionalizante ou ainda não sabe o que cursar na faculdade”, diz.

Fonte: O Dia

sábado, 6 de setembro de 2008

Exército atesta: aparelhos da Abin podem grampear



Por ordem de Lula, especialistas de Exército periciaram equipamentos eletrônicos da Abin.



Na contramão do que disseram autoridades do governo à CPI do Grampo, os técnicos militares confirmaram:



A Abin, de fato, dispõe de equipamentos que, mediante adaptações, são capazes de realizar interceptações telefônicas.



Basta que a eles sejam acoplados acessórios complementares.



Lula requisitara a perícia depois que o ministro Nelson Jobim (Defesa) lhe exibira um lote de documentos.



Os papéis registram a aquisição de traquitanas eletrônicas que, segundo Jobim, podiam ser usadas para grampear telefones.



Jobim apalpara o papelório porque, embora requisitada pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional), a compra fora feita pelo Exército.



Controlador da Abin, o GSI recorrera aos préstimos da CEBW (Comissão de Compras de Exército Brasileiro em Washington).



Pela lei, a Abin não está autorizada a bisbilhotar telefonemas. O que faz da constatação dos especialistas do Exército um problema a mais para o governo.



Em depoimento à CPI do Grampo, o general Jorge Félix, chefe do GSI respondera com um sonoro “não” quando perguntado se a Abin possuía equipamentos aptos a fazer grampos.



Espremido, o general escalara o muro: "O que afirmo é que foi comprado como equipamento de varredura. Se permite [procedimentos] complementares, vamos fazer essa perícia.”



Referia-se exatamente à perícia do Exército. Félix, aliás, já recebeu uma cópia do documento.



Dias antes do general, depusera à CPI o delegado Paulo Lacerda. Falara aos deputados quando ainda respondia pela direção da Abin.



Queixara-se da freqüência com que a Agência era mencionada no noticiário como executora de operações ilegais.



“Isso até me faz relembrar cenas, muitas vezes citadas, de um clássico do cinema, o filme Casablanca...”



“...Em dado momento, diante da urgência das autoridades de apontar logo os culpados, surge a ordem superior: ‘Prendam os suspeitos de sempre’.”



Acrescentara: “A ABIN, por não ter o mandato legal de realizar escutas telefônicas, aboliu completamente esse tipo de conduta...”



“...Então, nós não temos nem telefônica, nem ambiental, nem em qualquer outro tipo de equipamento de comunicação...”



“Simplesmente não existe. E eu falarei duzentas vezes se for necessário.”



Mais adiante, Gustavo Fruet (PSDB-PR) leu para Lacerda trechos de uma auditoria do TCU.



Tratava da aquisição de equipamentos sofisticados. O deputado perguntou se não poderiam ser usados em grampos.



E Lacerda: “Se malas existem, se servem para isso ou para aquilo, são detalhes técnicos que eu, confesso a V.Exa., não sou a pessoa mais adequada para discutir...”



“...O que eu afirmo e reafirmo, asseguro, é que todo e qualquer equipamento de que a Abin dispuser, ele sempre deverá ser utilizado naquilo que a Abin tem condição legal de fazer...”



“...Se fizer diferente, está contra a lei, está contra a ordem da direção-geral e, como tal, haverá sanções cabíveis.”



Sobreveio a notícia que estampou o teor da conversa de Gilmar Mendes, presidente do STF, com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Diálogo interceptado ilegalmente.



Lula reagiu à Casablanca. Diante da “urgência de apontar logo os culpados”, mandou afastar a cúpula da Abin, a suspeita de sempre.



Mandado ao freezer, Lacerda dá expediente agora no GSI. Aguarda pela conclusão de sindicância interna da Abin e de investigação da Polícia Federal.

Escrito por Josias de Souza às 03h59

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Forças Armadas desembarcam nas eleições do Rio em até 7 dias

Carolina Acosta - FM PAN de Aquidauana - MS

As tropas federais convocadas para atuar nas eleições municipais do Rio de Janeiro chegarão à cidade em até uma semana, disse na quinta-feira o ministro da Defesa, Nelson Jobim.

A Justiça Eleitoral pediu a presença das forças federais no Rio de Janeiro depois que traficantes de drogas e integrantes de milícias impediram candidatos de fazer campanha. Jornalistas também foram intimidados por criminosos ao acompanhar os políticos.

"Em até sete dias nós estamos em campo", afirmou o ministro em entrevista a jornalistas depois de se reunir com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Carlos Ayres Britto.

Segundo Jobim, serão mobilizados por dia entre 450 e 900 integrantes do Exército, Marinha e fuzileiros navais. As tropas serão móveis e ocuparão as localidades definidas pela Justiça Eleitoral de forma temporária. Se a estratégia adotada fosse a da "onipresença", argumentou o ministro da Defesa, seriam necessários 30 mil homens, o que seria "inviável".

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) definirá o calendário e as regiões prioritárias a serem ocupadas pelas Forças Armadas. O TRE-RJ já apontou 17 regiões que considera os principais focos de tensão.

Já o TSE e o Estado Maior da Defesa definirão nos próximos dias quais serão as "regras de engajamento" dos soldados. Ou seja: quais os limites de atuação da tropa, se ela poderá participar de tiroteios ou realizar prisões. O Exército coordenará o esforço das Forças Armadas.

Uol

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Mato Grosso do Sul e Exército fecham acordo para futuro do aeroporto




Ângela Kempfer e Aline Santos
Minamar Junior

O governo estadual firmou uma permuta hoje com o CMO (Comando Militar do Oeste) para garantir uma área que futuramente será destinada a Infraero para a ampliação do Aeroporto Internacional de Campo Grande, também com construção de terminal de cargas.

Participaram do encontro na tarde de hoje, o governador André Puccinelli, o diretor de Operações da Infraero, o brigadeiro Cleonilson Nicácio e o comandante do CMO, general de Exército Rui Alves Catão.

Com o acordo, o Exército vai ceder um terreno 1,2 milhão de metros quadrados, onde hoje constrói o Bavex (Batalhão de Aviação do Exército), de vai receber 888 mil metros quadrados do Estado.

O governo também vai arcar com o que o CMO já gastou em parte das obras, iniciadas perto do Aeroporto, cerca de R$ 300 mil com terraplanagem, cerca e cascalhamento nas ruas de acesso. A unidade do CMO é para poder abrigar 42 grandes aeronaves militares.
Longo prazo - A área repassada pelo Exército não será utilizada agora, mas diante do projeto de ocupação do terreno para o novo batalhão, o Estado argumenta que teve de agir rápido, para evitar que no futuro faltasse espaço para ampliação do aeroporto.

A idéia é planeja o uso da região, para que a cidade não enfrente problemas como outras capitais, sem condições de aumentar as áreas de pouso e decolagem.

Mas os planos devem demorar bastante para entrar em prática, a previsão é de que a necessidade de estrutura maior só aconteça quando o fluxo de passageiros alcançar 50 milhões ao ano, número bem superior ao registrado agora.

Em 2007, foram 711 mil passageiros no ano que passaram por Campo Grande. O Brasil inteiro movimentou 110 milhões.

Mesmo assim, os projetos já existem e são de construção de duas pistas, com capacidade de operação simultânea, inclusive, para grandes aeronaves.

“O crescimento da cidade é que vai definir quando será a ampliação”, explicou o governador André Puccinelli. Para esse remodelamento, a previsão é de gastos na ordem de R$ 2 bilhões.
Curto prazo - O superintendente regional da Infraero, Reinaldo Souza, informou que, por enquanto, algumas melhorias serão feitas no local. A primeira licitação será para aumentar as áreas de embarque e desembarque, em cerca de 40%.

Também será construída uma cobertura e, em parceria com a prefeitura, o trânsito é organizado, com Amarelinhos já atuando no estacionamento.