sábado, 26 de abril de 2008

A QUESTÃO DAS TERRAS INDÍGENAS (RAPOSA DO SOL-RR), O GOVERNO E O EXÉRCITO BRASILEIRO

De: Ten ALBERTO
Para: Plantão Militar
Data: 24/04/08 12:41
Assunto: NOTA OFICIAL DO CNOR-CONSELHO NACIONAL DE OFICIAIS R/2 DO BRASIL



A SOCIEDADE BRASILEIRA ESTÁ ACORDANDO.

A QUESTÃO DAS TERRAS INDÍGENAS (RAPOSA DO SOL-RR), O GOVERNO E O EXÉRCITO BRASILEIRO


CONSELHO NACIONAL DE OFICIAIS R/2 DO BRASIL

- NOTA OFICIAL.



O Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil, criado em 22 de abril de 1997, representando suas quatorze entidades regionais, diante da gravidade das situações geradas pelo episódio da demarcação de terras indígenas em Roraima,

RESOLVE expedir a seguinte Nota Oficial:



1 - REAFIRMADOS que o território brasileiro e indivisivel e intocável e nos declaramos prontos a atuar, se necessário e em qualquer cenário, juntamente com nossos representados, sempre que convocados para manter a nossa unidade política, fazer respeitar o principio da soberania nacional e garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem.



2 - REITERAMOS, porque oportunos, os termos da "Declaração da Amazônia Brasileira", emanada do VI Encontro Nacional de Oficiais da Reserva do Exercito - VI ENOREX, realizado em 16 de Outubro de 2004, na cidade de Manaus.



3 - REPUDIAMOS, energicamente, qualquer tentativa, explicita ou velada, de impedir, limitar ou dificultar o acesso de cidadãos brasileiros, no pleno exercício de seus direitos constitucionais, a qualquer região do solo pátrio, em especial das nossas Forças Armadas.



4 - REPELIMOS, veementemente, qualquer interpretação da chamada Declaração da ONU Sobre os Direitos dos Povos Indígenas, de 13 de setembro de 2007, que viole a soberania do Estado Brasileiro sobre a totalidade de seu território e de suas riquezas, bem como restrinja, a qualquer título e sob pretexto algum, a atuação das Forças Armadas do Brasil no cumprimento de suas missões constitucionais.



5 - REGISTRAMOS, enfaticamente, nossa concordância e integral apoio as manifestações e posicionamentos do Exmo. Sr.General-de-Exercito Augusto Heleno Ribeiro Pereira, Comandante Militar da Amazonia, no que se refere a manutenção da soberania nacional, em toda a sua plenitude, nas chamadas terras indígenas, como de resto em toda a Amazônia Brasileira.



6 - LOUVAMOS, gratificados, a coragem cívica, o destemor pessoal, a grandeza de propósitos e a reconhecida competência profissional do ilustre General Heleno, cuja estirpe caracteriza os mais dignos herdeiros de Caxias.



7 - ASSINALAMOS, pesarosos, que a sociedade brasileira padece em meio a uma crise onde o civismo, a moral, a ética e os bons costumes estão sendo suplantados pela febre do sucesso rápido, do ganho fácil, da vitória e do poder a qualquer preço.



8 - PROCLAMAMOS, finalmente, que nos, da Reserva Atenta e Forte, estamos organizados e atuando intensamente para manter, preservar e difundir os princípios, valores e atributos assimilados durante a nossa permanência na ativa do Exercito Brasileiro. A liberdade e a democracia se mantém atraves de um permanente estado de vigilância. Não podemos esquecer que a desordem institucional e a omissão dos homens de bem e que conduzem os incompetentes e os tiranos ao poder.



Rio de Janeiro, 18 de abril de 2008,



Sérgio Pinto Monteiro - 2 Ten R/2 Art

Presidente do Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil




ENTIDADES FILIADAS AO CNOR-Associação dos Oficiais da Reserva da Amazônia- Am, Associação Brasileira de Oficiais da Reserva do Exercito - ABORE - SP, Associação dos Ex-Alunos do CPOR/RJ, Associação dos Oficiais da Reserva do Exercito - BH - MG, Associação dos Ex-Alunos e Amigos do CPOR/PA, Associação dos Ex-alunos do CPOR/R, Associação dos Oficiais da Reserva do Estado da Bahia, Associação dos Oficiais da Reserva do Exercito de Brasília - DF, Associação Mato-Grossense de Oficiais da Reserva - MT, Associação dos Ex-Alunos do NPOR de Natal - RN, Associação dos Ex-Alunos do NPOR de Petrópolis - RJ, Associação dos Oficiais da Reserva de Ponta Grossa - PR, Associação Paraibana de Oficiais da Reserva - PB, Associação dos Ex-Alunos do NPOR de Pelotas - RS, Associação Juizdeforana de Oficiais da Reserva - MG (em fase de filiação).



a) TENENTE ALBERTO

2º Tenente R/2 – Engenharia

CPOR-SP/1977

FUNTEN – Fundação Tenente ALBERTO

Lambari – MG

Tel.: (35) 3271.1892

E-mail: r2alberto@ig.com.br

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Nelson Jobim anuncia reajuste médio de 47,19% para militares

23/04/2008 - 20h55

O ministro Nelson Jobim (Defesa) anunciou nesta quarta-feira o reajuste médio nos salários dos militares de 47,19%.
Os percentuais variam de 35,01% para os generais-de-Exército até 137,83% para os recrutas.
O reajuste será pago de forma escalonada a começar por janeiro de 2008 (retroativos) até julho de 2010.
Jobim informou ainda que a partir deste ano o menor salário a ser pago será de R$ 415 --o equivalente ao salário mínimo-- destinado aos recrutas.
Jobim disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não decidiu se o aumento será concedido via medida provisória ou projeto de lei.
Pela definição do governo, o pagamento do reajuste deve ocorrer, em média, em cinco etapas: janeiro de 2008; julho de 2008; outubro de 2008; fevereiro de 2009 e julho de 2010. No caso dos recrutas, o pagamento ocorrerá em duas etapas: em janeiro deste ano e janeiro de 2010.
Para manter a política salário fixada por Lula, na qual não haverá militar recebendo menos de um salário mínimo, os recrutas terão os salários reajustados a cada aumento do mínimo. Atualmente, os recrutas recebem R$ 235,20. A previsão é que até 2010, eles recebam R$ 559,38.
Desde janeiro o governo examina as alternativas de reajuste dos militares quando foram analisadas 17 tabelas diferentes para chegar a um consenso.
Jobim e o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) conduziram as negociações sobre o aumento em parceria com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Mas só na semana passada, houve um acordo.
A tabela adotada para conceder o aumento aos militares considera desde recrutas até general-de-Exército que é o maior salário --atualmente é de R$ 13.933,51. A previsão é que em julho de 2010, os generais recebam R$ 18.853,27.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Brigadeiro da Segunda Guerra pede aviões para FAB

22/04/2008 - 18h17

Rio - O brigadeiro José Rebelo Meira de Vasconcelos, de 85 anos, um dos 49 pilotos brasileiros de P-47 que atuaram na Itália durante a 2.ª Guerra Mundial, defendeu hoje o reaparelhamento da Força Aérea Brasileira (FAB). Ele participou de evento na Base Aérea de Santa Cruz, na zona oeste do Rio, em homenagem ao Dia da Aviação de Caça. "Estamos totalmente defasados. Onde? Nos aviões. Mas os pilotos são altamente qualificados", declarou o militar, um dos homenageados no evento de hoje.

O brigadeiro também disse lamentar o que classificou de falta de divulgação da história militar do País. "Acho triste. O jovem de hoje não sabe o que aconteceu. Ninguém sabe que a nossa Força Aérea foi a única sul-americana a participar da guerra, nem que os 462 mortos estão enterrados no monumento do Aterro do Flamengo." Para ele, que participou de 93 missões reais de combate, o maior desafio hoje no País é o patrulhamento de fronteiras, especialmente na região amazônica.

Felipe Werneck

UOL

A segunda guerra do Paraguai (Sebastião Nery)

Mário Palmério, o saudoso e telúrico romancista mineiro de "Vila dos Confins" e "Chapadão do bugre", deputado federal pelo PTB de 1951 a 63, foi embaixador do Brasil no Paraguai em 1963 e 64. Uma noite, toca o telefone da embaixada, era o ditador Stroessner:

- Dom Mário, estava precisando falar com o senhor. Pode passar aqui pela manhã, às cinco?
- Da manhã, presidente?
- Sim. Chego sempre ao palácio às cinco. É melhor para conversar.
- Presidente, em nome da amizade do Brasil com o Paraguai, essa conversa não podia ser às 11?
Podia. Foi às onze.
Stroessner

Mário Palmério, escrevendo seus poderosos romances e compondo belas guarânias ("Saudade" é uma das três músicas mais populares do Paraguai), fez da embaixada do Brasil em Assunção um refúgio de políticos e intelectuais da oposição. Uma tarde, chega à embaixada o então ministro do Exterior, Sapeña Pastor:

- Senhor embaixador dom Palmério, nosso país deseja e precisa manter as melhores relações possíveis com o Brasil. Mas o senhor tem aqui na embaixada, asilados, mais de 40 inimigos do regime, e isto está causando os maiores problemas para o governo. O senhor não podia tomar uma providência para ajudar meu ministério e nosso governo?
- Pois não, senhor ministro, já estou tomando. Vamos lá em cima, no segundo andar, para o senhor ver a beleza de apartamento que estou preparando para asilados de luxo.
- Mas esta é uma brincadeira de mau gosto.
- Não é não, senhor ministro. O general Stroessner, seu presidente, em outros tempos já foi hóspede da embaixada do Brasil. O senhor, em qualquer eventualidade, também pode contar conosco.

Sapeña Pastor saiu e nunca mais tocou no assunto. Quando foi derrubado, Stroessner fugiu para Brasília, onde viveu até morrer.
Jango

Nos fins de 1963, os jornalistas Murilo Marroquim e Benedito Coutinho, os dois mais antigos repórteres políticos de Brasília, foram chamados à Granja do Torto, residência oficial do presidente. Jango os esperava à beira da piscina, sozinho, serviu uísque aos dois:
- Vocês já estiveram na Rússia? (Murilo já, Benedito não). Pois se preparem os dois, que muito em breve iremos a Moscou. Olha, isso é inteiramente confidencial. Só quatro pessoas sabem disso: eu, o embaixador soviético e, agora, vocês.

Deu uma volta na piscina, pensando, voltou eufórico:

- Vamos construir a hidrelétrica de Sete Quedas (Itaipu).
- Com que recursos, presidente?
- São 12 milhões de quilowatts. Técnicos brasileiros e soviéticos. Três planos qüinqüenais. Financiamento russo a juros mínimos. Grandes exportações de produtos agrícolas brasileiros para a União Soviética, para facilitar o pagamento. Só os russos possuem, hoje, turbinas para o porte de Sete Quedas. Já sondei o Stroessner. A energia ociosa do Paraguai será comprada por nós. O embaixador soviético me disse que seu país não tem o menor interesse em disputar o mercado ocidental. Interessam-lhe grandes obras, como as de Assuã, no Egito.
União Soviética

Os dois ouviam, espantados, Jango sorriu:

- Vocês não acreditam? Tem mais. O plano global inclui a ligação do Amazonas ao Prata. Vamos realizar o velho sonho brasileiro.

Murilo Marroquim, com sua sabedoria pernambucana, interrompeu:

- Presidente, o plano é maravilhoso, mas o senhor não vai executar. É uma obra monumental, mas é uma obra política. A Rússia não fará uma Assuã na América Latina, porque os Estados Unidos não vão deixar.
- Somos um país livre, independente. Contarei com o apoio das Forças Armadas para resistir a qualquer pressão e contarei com o povo.
Três meses depois, Jango era derrubado.
Itaipu

Domingo, no "Globo", a banqueira Miriam Leitão, que entende mais de negócios americanos do que a Hilary, Obama e McCain juntos, lembrou:

1 - "Itaipu foi construída (no governo Geisel) com endividamento, os juros subiram muito no exterior, a dívida virou uma bola de neve, a empresa pagou uma grande parte, mas ainda há dívida até o ano 2023. A maior parte da receita da usina é para pagar a dívida. Por isso, o Paraguai recebe um valor por megawatt que considera menor do que merece".

2 - "O atual presidente Nicanor Duarte já tentou fazer mudanças no contrato de Itaipu, mas não foram aceitas pelo Brasil. Essa é uma história longa, que se resume no seguinte: Itaipu produz 14 mil MW de energia, dos quais cada país tem direito à metade. O Paraguai só precisa de uma pequena parte. Assim, vende o resto para o Brasil".

3 - "Hoje, o Paraguai recebe, líquido, US$ 350 milhões. Fernando Lugo (o candidato vitorioso, que era bispo, bispo verdadeiro, não fajuto, como o Crivella) acha que deveria ser, pelo menos, US$ 1,8 bilhão. A relação com o Paraguai nesse início do século XXI será desafiadora".
Vem aí a segunda guerra do Paraguai? Falta Caxias.

domingo, 20 de abril de 2008

Amazônia oriental é ponto vulnerável da fronteira

20/04/2008 - 08h38

Óbidos, Pará - Dos 25 mil homens de que o Exército dispõe para defender a Amazônia de ameaças que vão do tráfico de drogas à cobiça internacional pelas riquezas naturais, 240 vigiam mais de 2 mil quilômetros de fronteira com as Guianas e o Suriname, na chamada Amazônia oriental. Destes, um contingente de 17 soldados tem a missão de proteger uma faixa de 1.385 quilômetros de fronteira seca no extremo norte do Pará. Se distribuídos nesse território, caberia a cada homem vigiar 12.150 quilômetros quadrados.

A região é vista como o ponto fraco do sistema brasileiro de defesa e preocupa o chefe do Comando Militar da Amazônia, general Augusto Heleno Ribeiro Pereira. "O contingente é muito pequeno. A distância entre dois pelotões passa de 400 quilômetros sem ligação por terra."

O general Heleno tem posições firmes sobre a questão da vigilância nas fronteiras. Na quarta-feira, em seminário no Clube Militar, no Rio, ele acabou se transformando em pivô de uma crise com o Palácio do Planalto. Disse que considera uma ameaça à soberania nacional a reserva contínua de 1,7 milhão de hectares da Raposa Serra do Sol, em Roraima, na região de fronteira, e chamou de "caótica" e "lamentável" a política indígena brasileira.

AE

UOL

sábado, 19 de abril de 2008

Mangabeira sobre plano de defesa: ‘Armemo-nos!’

‘Quem tem força é quem pode decidir’, ecoou Jobim

‘Nossa posição é radical [...], de sermos arrogantes’

‘Porque só é respeitado aquele que levanta o rosto’

‘Quem se abaixa, quem se curva, leva um pontapé’


Ricardo Stuckert/PR


As frases acima constam de um documento oficial da Câmara dos Deputados. Tem 64 folhas. Contêm a transcrição do áudio de uma reunião dos ministros Nelson Jobim (Defesa) e Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) com deputados federais. Durou três horas e onze minutos. Deu-se há 11 dias, na Comissão de Relações Exteriores.



Os ministros esmiuçaram para os deputados o Plano de Defesa Nacional. Vem sendo preparado, nos subterrâneos, há seis meses. Foi confiado a um comitê interministerial. Preside-o Jobim. Coordena-o Mangabeira. Será anunciado por Lula no próximo 7 de Setembro, dia da Independência.



Foi uma exposição franca. Jamais se havia falado sobre a matéria com tamanha abertura. “É preciso correr um risco calculado de chegar próximo ao limite daquilo que se possa discutir publicamente”, disse Mangabeira. O plano é ambicioso.



Não se trata de mero reaparelhamento das Forças Armadas. Busca-se dar ao país uma aparência de potência bélica regional. Ouça-se Jobim: “O Brasil é importante na América do Sul e no mundo, e sua importância tem de ser averbada ao continente, para que não tenhamos aquela coisa do Terceiro Mundo, em que os problemas se solucionam nos fóruns internacionais, sem a nossa participação.”



Foi além: “Nossa posição é radical, no sentido, inclusive, de sermos arrogantes, porque só é respeitado aquele que levanta o rosto, porque aquele que se abaixa e se curva acaba mostrando uma parte do corpo para levar um pontapé.”



Escute-se agora Mangabeira: “Temos dito às Forças Armadas que o objetivo [...] não é equipá‑las. O objetivo é transformá-las.” Num instante em que Hugo Chávez, presidente da Venezuela, torra R$ 4,5 bilhões em equipamentos bélicos, o Brasil não parece disposto a ficar atrás.



“Vivemos num mundo em que a intimidação ameaça tripudiar sobre a cordura”, disse Mangabeira. “Neste mundo, os meigos precisam andar armados. Armemo-nos! Armemo-nos consolados e fortalecidos por uma convicção: o Brasil está predestinado a engrandecer‑se sem imperar.” Jobim como que endossou o colega: “Quem tem força e que pode dialogar é quem pode decidir.”



A estratégia militar brasileira difere da venezuelana num ponto: “Não vamos a um supermercado internacional para tirar da prateleira e comprar instrumentos. Não. Queremos a capacitação nacional, mesmo que isso eventualmente nos custe mais”, disse Jobim. O Brasil busca parcerias com potências militares. Estabelece como pré-condição a transferência de tecnologia.



Foi com esse objetivo que Jobim e Mangabeira foram, ora juntos ora separadamente, à França, à Grã-Bretanha, à Rússia, aos EUA e à Índia. Num caminho inverso ao que foi seguido por FHC, busca-se sob Lula reestruturar o parque de indústrias bélicas do Brasil. Será, nas palavras de Mangabeira, uma “reorganização radical”.



Há no Brasil dois tipos de indústrias de armas: as estatais e as privadas. Quanto às que pertencem ao Estado, o objetivo é modernizá-las: em vez de produzirem “no chão tecnológico, devem produzir no teto tecnológico, na vanguarda, aquilo que as empresas privadas não podem fabricar a curto prazo de forma rentável”, informou Mangabeira.



Quanto às privadas, o governo pretende pôr um pé em suas composições acionárias por meio da aquisição de “golden shares” –expressão inglesa que significa “ação dourada”. Dá ao adquirente, no caso o Estado brasileiro, o poder de veto em votações que visem deliberar sobre temas de interesse estratégico. Sem descer a detalhes, os ministros revelaram também a intenção de conceder vantagens fiscais a fabricantes privados de armamentos.



Mas, afinal, contra quem se arma o Brasil? A pergunta foi formulada pelo deputado Raul Jungmann (PPS-PE), autor do requerimento que levou os ministros à Câmara. Jobim repisou algo que dissera no início de sua exposição. O Brasil, disse ele, não tem inimigos externos. A principal preocupação é a proteção do território e das fronteiras marítimas e terrestres do país. Demonstrou-se especial preocupação com a Amazônia.



“Hoje, existem guerras regionais controladas, com espaço físico controlado, que não se contaminam”, disse o ministro da Defesa. “Até aí não tem problema. Mas, se começar a ultrapassar, se houver hipótese e possibilidade de ultrapassar a situação regional, quais são as iniciativas brasileiras de mobilização e resguardo? Como fazemos? Vamos esperar acontecer?”



Jobim completou: “Essa é questão que não depende de nós. Não queremos saber disso, mas, no entanto, aquela situação pode repercutir em nós. E quais são os resguardos que temos, que tipo de posição assumiremos em termos de resguardo da nossa estrutura territorial? Isso é uma questão. Não há mistério.”



Mangabeira mencionou a “hipótese” de “penetração das fronteiras do Brasil por forças irregulares ou paramilitares, com ou sem a complacência de um Estado limítrofe.” Falou da possibilidade de “uma guerra assimétrica na Amazônia.” Ou ainda a chance de ocorrer uma invasão “das fronteiras, operada por um Estado fronteiriço, com o patrocínio velado de uma grande potência. Quer dizer, uma grande potência por trás usando como marionete o Estado limítrofe.”



Jobim referiu-se ao narcotráfico e injetou na conversa um “inimigo” inesperado: “A questão do terrorismo é um problema que nós não temos internamente, mas podemos ter externamente. Temos que examinar esse assunto exatamente dentro do plano estratégico de defesa. Quando se fala em forças assimétricas, em guerras assimétricas é exatamente disso que se trata.”



Um detalhe importantíssimo escapou à discussão. Quanto vai custar ao erário toda essa brincadeira? Mangabeira chegou a roçar o tema. Mas não apresentou uma mísera cifra: “No que diz respeito ao orçamento, devo dizer que o projeto vem antes do dinheiro”, disse ele.



Insinuou que o governo pensa grande: “Serei muito direto. Há tradição de mini-reformas de defesa no Brasil. As Forças Armadas pedem equipamento caro ao governo da época, e o governo da época dá um pouquinho da lista, para acalmá-las. Isso não serve ao país é uma enganação perigosa. O sentido do nosso trabalho, agora, é sair dessa para outra. É isso o que estamos tentando fazer.”



Complicado, convenhamos, para um Brasil às voltas com dificuldades para atender até mesmo às demandas salariais das Forças Armadas.

Escrito por Josias de Souza às 04h16

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Clubes Militar e de Aernáutica dão apoio a comandante

18/04/2008 - 20h48

Rio - Os Clubes Militar e de Aeronáutica apoiaram publicamente hoje, por meio de notas oficiais, as declarações do comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno, de crítica à política indigenista do governo. "É estranho o presidente da República pedir explicações sobre o caso", afirmou o presidente do Clube Militar, general da reserva Gilberto Figueiredo, no texto Reação Sem Sentido.

"Não me consta que tenha adotado o mesmo procedimento quando ministros do seu partido contestam publicamente a política econômica do governo. Aliás, uma das poucas coisas que está (sic) funcionando nessa época em que atitudes voltadas para produzir impacto em palanque são mais importante do que a ética e a moralidade na condução de ações políticas."

Em entrevista, Figueiredo foi irônico. "Acho muito mais importante que estar produzindo temas de palanque, cuidar da ética, enfim, mensalões, dólar em cueca, etc, etc, que envergonham a nossa atividade nos últimos tempos", declarou, referindo-se aos escândalos que envolveram o PT em 2005. Na nota, ele disse que "em nenhum momento (Heleno) feriu a disciplina e a hierarquia". "A política indigenista, todos sabem. está longe de ser consensual, inclusive dentro do governo Lula", disse no texto. "Há décadas que se discute se nossos índios devem ser integrados à sociedade brasileira ou se devem ser segregados. A escolha oficial, hoje, é pela segregação."

O presidente do Clube de Aeronáutica, brigadeiro da reserva Ivan Frota, foi mais duro, na nota Não Recue, General Heleno!, prometendo reação militar contra represálias a ele. "Que o presidente não se atreva a tentar negar-lhe o sagrado dever de defender a soberania e a integridade do Estado brasileiro, cristalizado no juramento solene que , um dia, foi comprometido diante da Bandeira Nacional", afirmou. "Caso se realize tal coação, o País conhecerá o maior movimento de solidariedade militar, partindo de todos os recantos deste imenso País, jamais ocorrido nos tempos modernos de nossa História."

Wilson Tosta

UOL

DEM apóia comandante militar da Amazônia

A Executiva Nacional do DEM aprovou hoje o comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, que chamou a política indígena do presidente Lula de “caótica”. Rodrigo Maia, presidente nacional da legenda, divulgou nota lembrando que o general advertiu sobre as possibilidades da situação tensa na reserva indígena Raposa Serra do Sol se complicar e ameaçar a segurança nacional. O DEM pediu que Augusto Heleno prove as informações que ele teria afirmado serem baseadas em fatos, para evitar as tentativas de intimidação por parte do governo federal.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Jobim prevê instalação de Conselho de Defesa ainda este ano

15/04/2008 - 07h43

CARACAS (Reuters) - O Conselho Sul-Americano de Defesa poderia ser instalado no fim do ano como parte da integração da região e para isso não é necessária a permissão dos Estados Unidos, disse o ministro da Defesa, Nelson Jobim na segunda-feira.

Em declarações feitas logo depois de uma reunião de várias horas com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, Jobim disse que a América do Sul não vive uma corrida armamentista e que o Conselho não tem a intenção de ser operacional.

"Acho que o Conselho tem condições de ser instalado até o final deste ano", explicou Jobim a jornalistas após a reunião com Chávez.

O ministro também afirmou que a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) deve desenvolver-se com grande presença com o Conselho de Defesa.

A proposta brasileira surgiu após a recente crise entre Quito e Bogotá, provocada pela incursão colombiana em território equatoriano para atacar um importante acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Jobim disse que o Conselho pode se cristalizar em poucos meses depois de uma cúpula da Unasul prevista para o fim de maio. Ele acrescentou que já houve negociações com países como Argentina, Bolívia, Chile e Equador.

Questionado se o Conselho pode ser uma espécie de Otan da região, como sugeriu Chávez, Jobim explicou que "a colaboração no Conselho não é a formação de uma aliança militar clássica, não há nenhuma pretensão operacional".

"A questão armamentista é um equívoco, não há nenhuma corrida armamentista na América do Sul. Não há nada disso", enfatizou.

O ministro também defendeu o direito da região de criar o organismo de defesa sem a presença nem o consentimento de Washington.

"Se é um Conselho Sul-Americano, aqui não há os Estados Unidos... Não temos nenhuma obrigação de pedir licença aos Estados Unidos para fazer isso", disse Jobim ao explicar que esteve nos EUA recentemente para explicar os planos de criação do Conselho para autoridades daquele país.

Recentemente, o ministro disse que o Brasil pretende ocupar determinados nichos do mercado béico regional, exportando produtos como blindados, pistolas, munições e um avião mediano de transporte militar fabricado pela Embraer .

(Por Ana Isabel Martínez)
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* Hugo Chávez
* Embraer
* Otan
* Farc
* corrida armamentista

UOL

sábado, 12 de abril de 2008

Cai o general que comandou os massacres

(Manchete da TRIBUNA DA IMPRENSA de 11 de abril de 1968)


Por determinação do governo federal, o governador Negrão de Lima exonerou o general Dario Coelho à noite passada, da Secretaria de Segurança da Guanabara. Motivos: a desnecessária violência contra os estudantes e uma série de erros que puseram em risco a segurança do Estado, na crise desencadeada com a morte de Édson Luís de Lima Souto, no Calabouço.

O novo secretário é o general Luís de França Oliveira, que já foi diretor da Polícia Política carioca. O governador, segundo as autoridades militares, se mostrou despreparado no trato com os problemas de segurança, tendo permitido o massacre de estudantes, desarmado a polícia no auge da crise e propiciado novamente o vandalismo policial na Candelária.

EUA ignoram militares do Vietnã do Sul e negociam paz

O secretário de Estado americano, Dean Rusk, ignorou completamente a mobilização geral decretada pelo Vietnã do Sul ao anunciar ontem que as conversações de paz preliminares poderiam começar "muito rapidamente". Observadores em Washington indicam que os Estados Unidos poderão tomar represálias contra o governo Van Thieu devido à sua obstinação em prosseguir a guerra de qualquer maneira.

Ontem, o presidente Lyndon Johnson classificou como "histórica" a decisão do Congresso de aprovar a lei que acaba a discriminação racial no tocante à residência em todo o país. Pela lei, aprovada esta madrugada, é assegurado ao negro amearicano o direito de morar em zonas residenciais até então ocupadas só por brancos.

MDB faz obstrução da Câmara em protesto à proibição da Frente Ampla

A obstrução total dos trabalhos parlamentares poderá ser feita pela oposição, na Câmara, em respresália à portaria do ministro da Justiça contra a Frente Ampla, segundo informou ontem o líder do MDB, deputado Mário Covas. Ao anunciar a disposição do partido de recorrer ao Supremo Tribunal Federal contra a portaria, o sr. Mário Covas acrescentou que a oposição pretende chegar ao boicote dos trabalhos parlamentares, destacando que o presidente da República já frisou que "não são as leis que fazem os déspotas e os tiranos, mas a tendência ou a vocação para a tirania e para o despotismo que se cria e nutre".

Sodré aproxima-se do povo depois de repudiar interferências

SÃO PAULO (Sucursal) - A permissão dada pelo sr. Abreu Sodré aos dirigentes do Movimento Intersindical Antiarrocho para que seja realizada dia 1º de maio, na Praça da Sé, um comício de protesto e tendo mesmo confirmado a sua presença na concentração-monstro, já indispôs, novamente, o governador paulista com as lideranças governistas e mesmo com setores militares, segundo informes ontem colhidos na Arena de São Paulo. A mesma fonte acrescentou que o sr. Abreu Sodré, "decididamente, ainda não deixou de ser um acadêmico" e que as conseqüências de seu gesto poderão ser "bastantes graves".

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Forças Armadas no combate a focos de Aedes aegypti no Rio

09/04/2008 - 10h57

Juliana Castro
Do Rio de Janeiro
Diante da epidemia de dengue no Rio, as Forças Armadas reforçam o combate ao mosquito Aedes aegypti nas residências. Além dos 1.200 bombeiros que atuam na identificação e eliminação de criadouros, mais 100 homens da Marinha e 100 da Aeronáutica reforçarão as equipes a partir desta quarta-feira, começando pela na Ilha do Governador, zona norte do Rio. Desde a última terça-feira (8), cerca de 300 militares do Exército participam do combate aos focos do mosquito da dengue.

Em 30 dias de trabalho, as equipes têm como objetivo vistoriar 95 mil casas em seis bairros da zona oeste, região com maior incidência de casos de doença.

Por enquanto, os militares estão acompanhados por soldados do Corpo de Bombeiros, de quem receberam treinamento nos últimos dias. Mas até o fim desta semana eles começam a trabalhar sozinhos, sob o comando de cada Força.

Atendimentos em hospitais de campanha devem chegar a dez mil nesta quarta-feira

Pouco mais de uma semana depois de instalados no Rio de Janeiro, os três hospitais de campanha devem chegar a dez mil atendimentos nesta quarta-feira, segundo o Ministério da Defesa. No balanço da primeira semana de funcionamento - de 31 de março a 6 de abril- foram atendidas 3.181 pessoas no hospital da Marinha, 2.810 no da Aeronáutica e 1.096 no do Exército, totalizando 7.087 pacientes.

Segundo a Aeronáutica, 50% dos pacientes que chegaram ao Hospital de Campanha tiveram a dengue diagnosticada.

Fonte: Uol Últimas Notícias

domingo, 6 de abril de 2008

Pentágono se debate entre situação frágil no Iraque e a fadiga de seus soldados

06/04/2008 - 18h48

WASHINGTON, 6 Abr 2008 (AFP) - Na hora de decidir sobre a continuação da retirada das tropas americanas do Iraque, o Pentágono se debate entre a fragilidade dos avanços reivindicados no terreno e a necessidade de suas forças armadas recobrarem o ânimo e se refazerem da fadiga.

O comandante-em-chefe da coalizão no Iraque, o general David Petraeus, será recebido pelo Congresso americano em 8 e 9 de abril: com o apoio do secretário da Defesa, Robert Gates, se prevê que recomende uma pausa na redução do contingente americano a partir do verão quando seu número passará para 140.000 dos atuais 156.000.

O recrudescimento da violência nas últimas semanas no Iraque joga a seu favor, ao revelar a fragilidade dos progressos que, segundo o Pentágono, foram obtidos em termos de segurança no país.

Washington não deixou de destacar nos últimos meses o "êxito" de sua estratégia para estabilizar o Iraque, graças ao envio de cerca de 30.000 soldados de reforço no início de 2007, a mobilização de ex-insurgentes sunitas para lutar contra a Al-Qaeda e uma trégua da principal milícia xiita.

Mas o cessar-fogo mostrou sua fragilidade no final de março, em Basra, onde as forças de segurança iraquianas e os milicianos xiitas do exército de Mahdi se enfrentaram brutalmente por uma semana.

Este confronto violento também semeou interrogações sobre a capacidade das forças iraquianas para controlar a segurança do país, uma condição imposta pelo governo de George W. Bush para se retirar do Iraque.

O chefe do Estado-maior conjunto americano, o almirante Michael Mullen, saudou nesta semana a decisão do governo iraquiano de lançar a operação, embora considere muito cedo para dizer se a mesma representou uma vitória.

Em plena campanha para as presidenciais americanas de novembro, o pedido de Petraeus em favor de "congelar" a retirada de soldados, conectado com a violência no Iraque, certamente atiçará as críticas dos democratas, que defendem uma volta rápida das tropas.

A pausa na diminuição de efetivos representa alguns problemas para o exército americano, exausto depois de seis anos de guerra no Iraque e Afeganistão.

A pressão sobre os soldados deve ser reduzida, caso contrário se poderá cruzar uma 'linha vermelha invisível' que colocará em perigo o estado das forças armadas, alertou o almirante Mullen.


UOL

sábado, 5 de abril de 2008

Lacerda: Jogaram o povo contra o Exército e o Exército contra o povo


Manchete da TRIBUNA DA IMPRENSA 5 de abril de 1968:

Novas atrocidades e mais de 600 prisões

Mais de seiscentas pessoas foram levadas ontem para o Forte de Copacabana, ao deixarem os cinemas da Zona Sul. A onda recorde de prisões começou no Cine Metro, onde o público vaiou o documentário oficial do governo. O gerente chamou a Polícia e provocou a expedição militar. Essas medidas repressivas culminaram numa série de violências, iniciadas às portas da Candelária, logo após a missa (às 11:30 horas), celebrada em sufrágio da alma de Édson Luís de Lima Souto.

Após uma tarde marcada por movimentação de tropa e o espetáculo do aparato militar nas principais ruas e praças da cidade, bombas de gás lacrimogênio, carga de cavalaria e a ação dos cassetetes voltaram à Praça Pio X, onde o dispositivo policial militar voltou a se atirar sobre os estudantes que deixavam a nave da Igreja, após a segunda missa por seu colega morto, protegidos por 12 dos 17 sacerdotes que haviam coadjuvado d. José de Castro Pinto, arcebispo-auxiliar do Rio de Janeiro.

Pouco antes, a Rádio Jornal do Brasil havia sido retirada do ar. Hoje é feriado escolar em toda a Guanabra. Em São Paulo, o bispo de Santo André saiu à frente da passeata dos 100 mil. A situação continua tensa em Brasília. Mas o governo desistiu, em princípio, da adoção do estado de sítio.

Lacerda: Jogaram o povo contra o Exército e o Exército contra o povo

"Conseguiram fazer exatamente o que eu temia; jogar o povo contra o Exército e o Exército contra o povo" - disse o ex-governador da Guanabara, sr. Carlos Lacerda, ao comentar os últimos incidentes entre estudantes e as Forças Militares estaduais e federais. E acrescentou somente um milagre democrático poderá unir novamente as Forças Armadas ao povo".

Referindo-se à posição do governo federal em conter, pela força, as reivindicações estudantis, salientou o sr. Carlos Lacerda que "enquanto nos Estados Unidos, Lindon Johnson, cede na França, De Gaulle cedeu no caso da Argélia - na Tcheco-Eslováquia, os comunistas também cedem, no Brasil, o governo do marechal Costa e Silva responde às justas reivindicações não só do povo como também de todos os brasileiros, com balas de fuzis e violências de todas as ordens".

Seleção-força no Paraguai

São Paulo (Sucursal - S. Press) - Os paraguaios querem jogar com a Seleção Brasileira pela "Taça Osvaldo Cruz" no correr do mês de agosto, isto é, dentro da segunda quinzena. As duas preferidas são quinze e dezoito. O coronel Fernando Decamille presidente da Liga Paraguaia de Futebol, que acompanha a delegação do Guarani, que está disputando a "Libertadores da América", no grupo dois, e que jogou na noite de ontem, contra o Palmeiras, contou aos repórteres, que os seus entendimentos com o presidente da CBD, sr. João Havelange, já vão adiantados e parecem acertados.

Deseja o coronel Decamille, que o Brasil se apresente com a sua força máxima na próxima disputa, pois os paraguaios desejam ver os cobras da Seleção Nacional, mormente, porque ela será uma idéia da força brasileira para a Copa do Mundo de 1970.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Pentágono gastou US$ 1,6 trilhão em armamento em 2007



01/04/2008 - 16h48

WASHINGTON, 1 Abr 2008 (AFP) - O Pentágono gastou no ano passado a soma recorde de 1,6 trilhão de dólares com seu sistema de armamento, o que representa o maior orçamento dos 20 últimos anos, anunciou nesta terça-feira o departamento de controle fiscal do governo (GAO, sigla em inglês).

O GAO destacou que o orçamento do Pentágono previsto inicialmente para 2007 foi superado em 295 bilhões de dólares.

As verbas dedicadas à aquisção de novas armas continuam aumentando, apesar de terem que competir com outros setores que também exigem fundos, como as guerras no Iraque e no Afeganistão, frisou o GAO.

As despesas em sistemas de armamento do departamento da Defesa americano dobraram de 2000 a 2007, passando de 790 bilhões a 1,6 trilhão de dólares, afirmou o GAO em seu sexto relatório anual sobre o programa de aquisições do Pentágono.

O ministério da Defesa se prepara para investir 900 bilhões de dólares nos próximos cinco anos para desenvolver e adquirir novos programas, entre eles 335 bilhões em novos armamentos.

UOL