sábado, 21 de fevereiro de 2009

Batalha de Monte Castello - Segunda Guerra Mundial (Wikipédia)

A Batalha de Monte Castello foi travada ao final da Segunda Guerra Mundial, entre as tropas aliadas e as forças do Exército alemão, que tentavam conter o seu avanço no Norte da Itália. Esta batalha marcou a presença da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no conflito. A batalha arrastou-se por três meses, de 24 de novembro de 1944 a 21 de fevereiro de 1945, durante os quais se efetuaram cinco ataques, com grande número de baixas devido a vários fatores, entre os quais as temperaturas extremamente baixas. Quatro dos ataques não tiveram êxito, o que aconteceu apenas à quinta tentativa.

Tomada de Monte Castelo

No teatro da Itália, desde meados de setembro de 1944, na mesma ocasião em que o primeiro escalão da FEB (Força Expedicionária Brasileira) entrava em linha, começava o que mais tarde se convencionou chamar batalha dos Apeninos, cujo término vitorioso para as armas aliadas só se concretizou pelos resultados conseguidos na ofensiva do 4° Corpo de Exército, de 19 de fevereiro a 5 de março, e no avanço da primavera, de 14 de abril a 2 de maio de 1945. (...)

Em fevereiro de 1945, ainda perdurava um enorme saliente no dispositivo nazifascista, nas montanhas dos Apeninos, exatamente na área de responsabilidade do 4° Corpo de Exército, no setor em que vinha atuando a 1ª DlE (1ª Divisão de Infantaria Expedicionária). Enquanto o XV Exército alemão ocupava as alturas que separam os cursos do Marano e Aneva do Reno e Panaro, a estrada 64, que ligava Porreta Terme a Bolonha, ficaria impossibilitada de uso para abastecimento de cinco das 10 divisões do V Exército americano. Em conseqüência, foi atribuída ao 4° Corpo de Exército, ao qual estavam incorporadas a 10ª Divisão de Montanha [norte-americana] e a DlE, a realização desse movimento ofensivo com a finalidade de eliminar ou reduzir o saliente, mediante a conquista de alturas situadas naqueles divisores de águas. (...)

A ofensiva do 4° Corpo realizar-se-ia na segunda quinzena de fevereiro, com a participação da 10ª Divisão de Montanha e da 1ª DIE. Elaborou-se então o Plano Encore, cujo objetivo era expulsar o inimigo do Reno e em seguida persegui-lo através do vale do Panaro. (...)

A missão dos brasileiros era mais uma vez desalojar os alemães de Monte Castelo. (...)

A ofensiva do 4° Corpo de Exército iniciou-se às 23 horas do dia 19 de fevereiro, com o ataque da 10ª Divisão de Montanha que, ao clarear da manhã seguinte, conquistou Monte Belvedere e, em seguida, Gorgolesco. Às 17 horas do dia 20 caiu Mazzancana, que fora bombardeada por aviões da FAB [Força Aérea Brasileira]. (...)

Às 5:30 horas do dia 21 foi desencadeado o ataque brasileiro (...).

Previra-se no Plano Encore a simultaneidade no ritmo de progressão dos ataques norte-americanos e de brasileiros a Monte della Torraccia e Monte Castelo, respectivamente. Na realidade, porém, às 17:30 horas, quando os primeiros elementos do Regimento Sampaio atingiram o topo de Monte Castelo, os soldados da 10ª Divisão de Montanha ainda não haviam quebrado a resistência alemã. Além de nossa perfeita coordenação na progressão dos escalões de ataque, houve também uma eficiente preparação de fogos de artilharia divisionária.

Em Monte Castello, a FEB viveu o episódio mais emocionante de sua trajetória em território italiano e celebrou o primeiro combate vitorioso da DIE na batalha dos Apeninos. Com a conquista do valorizado objetivo, a FEB saldou um de seus mais sérios compromissos, pelos aspectos morais que continha. Sorvedouro de centenas de vidas brasileiras, a conquista de Monte Castelo constituiu dever de consciência e imperativo da dignidade militar.”

(Trechos extraídos da obra O Exército na História do Brasil (vol. III, República). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, )

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

CMO celebra hoje os 64 anos da Tomada de Monte Castelo

NA sexta-feira, dia 20 de fevereiro, às 9h, na Praça General Lebarbenchon, o Comando Militar do Oeste (CMO, Campo Grande -MS realizou a solenidade comemorativa aos 64 anos da Tomada de Monte Castelo. Participarão do evento autoridades civis e militares, oficiais da reserva remunerada e veteranos da Força Expedicionária Brasileira (FEB).

A Tomada de Monte Castelo foi uma batalha travada ao final da Segunda Guerra Mundial entre as tropas aliadas e forças do exército alemão, que tentavam conter o seu avanço no norte da Itália. Na madrugada do dia 21 de fevereiro de 1945, as tropas brasileiras partiram em mais um ataque contra Monte Castelo, cuja fortaleza só foi tomada ao entardecer, após duros combates e muito sangue derramado.

Esta batalha marcou profundamente todos os integrantes da Força Expedicionária Brasileira, e é considerada o episódio mais emocionante da trajetória dos nossos soldados em território italiano.

A conquista de Monte Castelo entrou para a história do Exército tanto pelo significado tático daquela elevação, como pelas condições de extrema adversidade que envolveram toda a operação de ataque.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Manifesto de alunos da ESAO vai a Costa - Tribuna da Imprensa - 1º de novembro de 1968)

Um manifesto de dez laudas, traduzindo o pensamento da jovem oficialidade do Exército, assinado por 380 alunos, professores e o diretor da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais - ESAO, a maioria constituída de tenentes e capitães, foi encaminhado ao presidente Costa e Silva, criticando o governo federal "pelo seu imobilismo ante à corrupção que grassa no País", segundo revelou à Tribuna fonte governamental. Além das críticas à corrupção, "que o governo não combate, apesar do dispor de todos os meios para fazê-lo", o documento avança também a uma análise do ensino militar ministrado nos estabelecimentos oficiais do Exército, que os signatários consideram "desapropriado para as atuais condições de vida brasileira".

EUA suspendem bombardeios ao Vietnã

WASHINGTON (FP - Tribuna) - O presidente Lyndon Johnson anunciou ontem à Nação norte-americana, num discurso televisado, que havia ordenado a cessação de todos os bombardeios - aéreos, navais e de artilharia - contra o Vietnã do Norte. A ordem será aplicada a partir das 13 horas GMT (10 horas, Rio) de hoje. O chefe do executivo afirmou que representantes da Frente Nacional de Libertação Sul-Vietnamita assistirão à próxima reunião semanal norte-americano-norte-vietnamita do dia seis do corrente.

Frisou, entretanto, que isso não significava absolutamente um reconhecimento da FNL. Representantes do governo sul-vietnamita, acrescentou, poderão igualmente assistir a essa reunião. Sem entrar em detalhes, Johnson explicou sua decisão dizendo que as conversações de Paris haviam ganhado subtamente um matriz favorável há algumas semanas, após vários meses de estar em "ponto morto".

Avião cai e mata 17

Uma fortaleza-voadora da Força Aérea Brasileira, com três oficiais, cinco sargentos e nove cadetes da Aeronáutica, ao fazer vôo de instrução, caiu às 17,22 horas, no mar, na altura da restinga da Marambaía, na Barra de Guaratiba, submergindo rapidamente a uma profundidade de quinze metros. A B-25, usada na Segunda Guerra Mundial, considerada pelos pilotos da FAB como obsoleta, fazia vôo normal, segundo os guarda-vidas Anselmo, Hamilton e Arcelino, do Salvamar, que se encontravam na lancha nº 113, quando, a certo momento, os motores começaram a falhar, e, em seguida, caiu pesadamente em pleno mar, para afundar minutos depois.

Os salva-vidas afirmaram que acorreram ao local, não podendo fazer nada, pois a fortaleza-voadora submergiu rapidamente levando consigo para o fundo do oceano as 12 pessoas que nela se encontravam. Mesmo assim, fizeram o balizamento do lugar onde ocorreu o acidente".

Bomba explode no Centro

Uma bomba explodiu esta madrugada na porta da Livraria Forense, na Avenida Erasmo Braga. Não houve vítimas e sim danos materiais. A Polícia cercou o local, mas não tinha até esta manhã qualquer pista dos terroristas.