quarta-feira, 30 de setembro de 2009

4ª Brigada de Cavalaria concentra suas tropas em Nioaque (MS)

Nicanor Coelho, de Dourados

A 4ª Brigada Guaicurus participa no período de 28 de setembro a 09 de outubro em Mato Grosso do Sul, do Exercício de Adestramento Combinado “Operação Laguna”, manobra conjunta que envolverá a Marinha, o Exército e a Força Aérea, sob a coordenação do Ministério da Defesa.

Major Barros

Concentração das tropas da Brigada em Nioaque - MS


Conforme o cronograma do exercício a concentração de pessoal e viaturas da Brigada ocorre na cidade de Nioaque. Hoje, 30 de setembro acontece o salto de militares da Brigada Pára-quedista (sediada no Rio de Janeiro) na região do município de Jardim para a junção aero-terrestre. Amanhã, primeiro de outubro inicia-se o deslocamento da tropas militares em direção aos primeiros objetivos da manobra.

domingo, 20 de setembro de 2009

Exército diz que falta verba até para comida e reduz expediente

O Comando do Exército afirmou ontem que a corporação carece de recursos para o pagamento de água, luz, telefone e alimentação e explicou que as medidas restritivas, como a redução do horário de expediente nas segundas e sextas-feiras, são consequências do congelamento de R$ 580 milhões feito pelo governo.

“[A] economia nos gastos com água, luz e telefone está prevista para todo o Exército até o dia 30 de outubro do corrente ano, na expectativa de que as gestões do Ministério da Defesa com a Secretária de Orçamento Financeiro gerem o descontingenciamento desses recursos”, afirma nota do Exército.

Ontem começaram a vigorar as medidas que, diz a nota, valem para todos: do taifeiro de segunda-classe até o general de Exército. Na segunda-feira, o expediente vai começar só depois do almoço; na sexta, vai terminar antes dele.

Procurada, a assessoria do Ministério do Planejamento não se manifestou até a conclusão desta edição.

Apesar de recentes investimentos militares do governo Lula terem como alvo a Marinha, que vai adquirir novos submarinos, e a Aeronáutica, que se prepara para renovar sua frota de caças, o Exército é o que, até o momento, mais executou seu orçamento.

Até a semana passada, foram gastos R$ 13,3 bilhões.

E o Exército, de longe, é o que tem a maior dotação orçamentária entre as três Forças – R$ 22 bilhões, ante R$ 12,7 bilhões da Marinha e R$ 11,9 bilhões da Aeronáutica – estão incluídos nessas cifras os gastos com pessoal e encargos sociais, maior fatia do bolo.

(Folha de S.Paulo)


Comentário do PAINEL DO PAIM:

Como é vezo, a grande imprensa cumpre, à risca, o seu papel de desinformar.

A sua comparação é inadequada e, até mesmo, tendenciosa, pois não leva em conta, a diferença de efetivo, o número de bens imóveis e a quantidade de equipamento, cuja manutenção é indispensável.

Sem falar da diferença das verbas destinadas à manutenção do "estatus quo" do Exército, avulta-se a necessidade da substituição do material bélico que, além de obsoleto, em razão da data de fabricação, se acha bastante sucateado, devido ao seu constante manuseio, indispensável ao treinamento dos quadros e dos conscritos.

O surgimento do Brasil, como uma verdadeira potencia internacional, está a exigir o um melhor equipamento das nossas Forças Armadas, a fim de que possa bem cumprir o sua destinação constitucional.

Embora sejamos um país de tradição pacífica, urge possuirmos uma força bélica, correspondente à nossa posição econômica, a fim de melhor exercer seu papel dissuasivo.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Caças suecos seguem na disputa, diz empresa

Folha de S.Paulo, em Brasília

A exemplo do que os norte-americanos fizeram na véspera, a sueca Saab reagiu ontem à manifestada preferência do Brasil pelos caças franceses. Por meio de nota, a empresa classificou sua oferta de "competitiva" e reforçou a proposta de "transferência de tecnologia-chave", caso o governo brasileiro opte pelo modelo Gripen.

Bengt Janer, diretor-geral da Saab no Brasil, disse que os caças suecos seguem na disputa. Para ele, a nota divulgada na segunda-feira, na qual o governo brasileiro anunciou que estava dando início a negociações para a compra de 36 aviões Rafale da França, é consequência de pressão política.

"Acho que o Sarkozy [presidente da França] deve ter pressionado bastante. Já que, pelo que nós sabemos, o relatório da FAB não foi nem entregue para o comandante", afirmou.

Segundo ele, a mesma proposta de transferência irrestrita de tecnologia feita por Sarkozy vale para a Saab. "A única diferença é que nós vamos desenvolver isso juntos, com a indústria brasileira. Enquanto os outros dois produtos [o americano e o francês] estão prontos".

O executivo afirmou que, caso a opção do Brasil pela França se confirme, a empresa não pretende recorrer à justiça. "A decisão do país é soberana. O que esperamos é que a decisão política reflita a escolha técnica da FAB, que vai conviver com o produto nos próximos 40 anos."

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O dia em que Jango prendeu o cabo Anselmo





Em março de 1964, Anselmo foi preso quando tentava penetrar - e falar - na reunião do Automóvel Clube. Esse episódio tem sido ignorado até hoje, pois nunca interessou à mídia, cúmplice do processo golpista desde o início. Quem me reviveu o episódio agora, com detalhes preciosos que expõem o repúdio de Jango à indisiciplina que enfraquecia o governo na área militar e encantava os golpistas e a mídia, foi o coronel Juarez Mota - à época capitão e ajudante de ordens do presidente, hoje aposentado, 75 anos de idade, e vivendo em Porto Alegre. O artigo é de Argemiro Ferreira.

Argemiro Ferreira

A veemência com que, na entrevista ao Canal Livre da Rede Bandeirantes, o notório cabo Anselmo (José Anselmo dos Santos), de olho numa indenização como "perseguido político", tentou negar que já era agente infiltrado (e provocador) da direita ANTES do golpe de 1964, não consegue contestar o depoimento enfático do delegado Cecil Borer em 2001 - conforme o excelente texto (talvez definitivo) assinado por Mário Magalhães na “Folha de S.Paulo”, a 31 de agosto de 2009.

Estou me metendo nessa discussão por ser assunto que me apaixona desde que participei, há pouco mais de três décadas, de uma reportagem de investigação da revista “Playboy”, conduzida pelo jornalista Marco Aurélio Borba, meu amigo (e editor nacional de “Opinião” no período em que dirigi a redação), que morreria poucos anos depois, num acidente em Brasília. Ouvi depoimentos para a revista no Rio, enquanto mais jornalistas faziam o mesmo em outros estados (não tenho aquele número da revista, mas seria bom se alguém pudesse informar ao menos o mês e o ano, entre 1977 e 1979, pois ainda acho que existem ali dados relevantes).

Na época, entrevistei vários militantes de partidos clandestinos e ex-presos políticos que tiveram contato com Anselmo (alguns insistem ainda hoje no detalhe de que seria marinheiro de 1ª classe e não cabo). Eles relataram fatos e dúvidas. Ouvi ainda pessoas que tinham servido na intimidade do governo João Goulart. A começar por meu amigo pessoal Raul Ryff, ex-colega de trabalho na redação do “Jornal do Brasil”, que tinha sido secretário de imprensa de Jango.

Com a ajuda de Ryff, cheguei a outros nomes de pessoas que tinham servido no Palácio durante o governo Jango. Eduardo Chuahy, amigo dele, capitão do Exército até ser cassado em 1964, servira como ajudante de ordens no gabinete militar da presidência, então chefiado pelo general Argemiro de Assis Brasil. Reconstituiu com riqueza de detalhes o clima existente no setor militar do Palácio e as muitas trapalhadas de Assis Brasil, que garantia existir o célebre - e ilusório - “dispositivo militar” capaz de impedir um golpe.

O aviso de Corseuil: "ele é espião"
Eu estava particularmente interessado em falar com o comandante Ivo Acioly Corseuil, o que foi possível na época graças ao aval de Ryff e Chuahy, que o conheciam bem. De fato, Corseuil contou muita coisa, aprofundando relatos já conhecidos. Mas o núcleo central do depoimento dele a mim foi a ratificação do que já dissera a Moniz Bandeira e estava no livro (publicado em 1977) “O Governo João Goulart - as lutas sociais no Brasil, 1961-1964”, sobre o qual escrevi minuciosa resenha para “IstoÉ”, infelizmente publicada na época com alguns cortes.

Ele explicou que no governo de Jango o chefe da Casa Militar (Assis Brasil) era também o secretário do Conselho de Segurança Nacional. Segundo a entrevista que Corseuil me deu, em 1962 ele era chefe de gabinete do CSN e em 1963 passou a sub-chefe da Casa Militar. Foi quando fez o informe (ele não lembrava a data precisa) avisando que Anselmo era agente infiltrado, provocador e trabalhava para a CIA.

Corseuil me disse que tinha informações de várias fontes, segundo as quais havia gente infiltrada entre os marinheiros. Até pessoas vestidas de marinheiros que, na verdade, não eram marinheiros. Uma das fontes que lhe passaram tais informações era “um rapaz da turma de Carlos Lacerda”, então governador da Guanabara. Julgou confiável o dado porque o rapaz, que conhecia há algum tempo, ex-funcionário do ministério da Marinha, trabalhava para Lacerda junto aos marinheiros (lacerdista, tinha saído do emprego para trabalhar no Palácio Guanabara).

Mas a informação de que Anselmo era agente da CIA não viera desse agente (identificado apenas como “Tanahy”) e sim por um correspondente de jornal norte-americano - “pessoa com muitos contatos, que falava com muita gente”. Ele sempre telefonava para dar informações. Por exemplo, tinha passado imediatamente a informação sobre uma reunião de Lacerda com correspondentes norte-americanos para conclamar os EUA a derrubar Jango.

Para a CIA, "útil por liderar"
Para Corseuil, Anselmo não era o único agente infiltrado, mas pode ter sido escolhido pela CIA onde era visto como capaz de liderar. Perguntado por que nada foi feito pelo governo de Jango, apesar das muitas informações e avisos feitos, respondeu que as providências não cabiam ao CSN. A Marinha é que teria de se aprofundar no caso, por estar na sua área. A tarefa teria de ser especificamente do Cenimar, que era sempre avisado. Corseuil enfatizou que também tomara a iniciativa de avisar pessoalmente o Cenimar. “Aquela gente do Cenimar era toda do Lacerda. E o Lacerda fomentava a rebelião”, disse-me ele.

Corseuil também explicou que nenhuma providência foi tomada desde 1962, apesar de tantos avisos e informes, em parte por causa do próprio temperamento de Jango, que “tinha um coração grande demais”. Lembrou o episódio da revolta dos marinheiros, no Sindicato dos Metalúrgicos, quando o presidente foi especificamente alertado para o papel de Anselmo e nada fez - embora outras pessoas do governo também tenham alertado na época para a necessidade de ação vigorosa para deter a conspiração.

Mas pelo menos dois oficiais que serviam no Palácio recordam ainda hoje um episódio no qual Jango, pessoalmente, agiu com firmeza, mostrando estar consciente do papel de Anselmo como provocador e agente infiltrado. Chuahy, então capitão, pediu que Ryff alertasse Jango e mostrasse ao presidente como a mídia, desde que começara o problema dos sargentos, superdimensionava a questão e apostava deliberadamente na ação potencial de Anselmo para subverter a disciplina, empurrando até moderados das Forças Armadas para o lado do complô golpista em marcha.

O episódio citado foi o da prisão de Anselmo em março de 1964, quando tentava penetrar - e falar - na reunião do Automóvel Clube. Tem sido praticamente ignorado até hoje, pois nunca interessou à mídia, cúmplice do processo golpista desde o início. Quem me reviveu o episódio agora, com detalhes preciosos que expõem o repúdio de Jango à indisiciplina que enfraquecia o governo na área militar e encantava os golpistas e a mídia, foi o coronel Juarez Mota - à época capitão e ajudante de ordens do presidente (além de amigo), hoje aposentado, 75 anos de idade, e vivendo em Porto Alegre.

"Preso por ordem do presidente"
Estava em marcha, claro, a operação destinada a desestabilizar o governo, como parte do esforço para superdimensionar os movimentos dos sargentos e dos marinheiros (ainda que muitos, obviamente, tenham deles participado por desinformação ou ingenuidade). Conforme o relato do coronel Juarez, o presidente não sabia que Anselmo planejava falar no Automóvel Clube, mas tinha consciência de que ele era agente infiltrado na esquerda.

“Quem o viu chegar foi o coronel Carlos Vilela, da Casa Militar”, conta o militar aposentado. “Como eu estava mais à frente, acompanhando o presidente, ele me chamou: ‘Está chegando o cabo Anselmo, o que faço?’ O próprio Jango antecipou-se e deu a ordem: ‘Prende!’ Quando Anselmo começava a entrar, voltei com Vilela, que o segurou pelo ombro, enquanto eu punha a mão no pescoço. Os dois desviamos o cabo à força para outra sala, onde havia um sofá de dois lugares. Vilela mandou que ele sentasse e comunicou: ‘Por ordem do presidente, o senhor está preso’. Em seguida Vilela foi chamar o coronel (Domingos) Ventura, comandante da Polícia do Exército. Ventura veio com a escolta e levou Anselmo preso para o quartel da PE.”

Para Juarez, aquela ordem firme de Jango deixou claro que não tinha dúvida sobre quem era Anselmo. Podemos concluir que a avaliação coincidia com a descrição de Cecil Borer, delegado e torturador que o usava no DOPS como informante (conforme contou à “Folha” em 2001) juntamente com “a Marinha e os americanos”. O relato de Juarez é reforçado por Chuahy, que à época já era veemente também na crítica aos movimentos de sargentos e marinheiros, devido á manipulação oculta da oposição direitista com apoio da mídia. Vilela morreu no ano passado (2008). Tinha sido ajudante de ordens do general Zenóbio da Costa na II Guerra Mundial.

Juarez Mota continuou no Exército (aposentou-se como tenente-coronel) e nunca deixou de ser amigo de Jango, que conhecia praticamente desde criança. Natural de São Borja, também era parente do presidente Getúlio Vargas: seu avô era primo-irmão de Getúlio e a bisavó Zulmira Dorneles Mota era irmã de dona Cândida Dorneles Mota, mãe do presidente que se matou em 1954.

Blog de Argemiro Ferreira

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Lula e Sarkozy assistem ao desfile de 7 de Setembro em Brasília

da Agência Brasil

Os militares e estudantes do Colégio Militar de Brasília que participarão do desfile de 7 de Setembro já estão concentrados na Esplanada dos Ministérios, no trecho que antecede o Palácio do Planalto. Ao longo do trajeto, foram colocadas bandeiras intercaladas do Brasil e da França, já que este é o Ano da França no Brasil. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, assistirá ao desfile como convidado de honra.

Cerca de 3,6 mil pessoas devem participar do desfile, que começa às 9h. O público esperado é de 50 mil pessoas. Já é grande a concentração de pessoas nas arquibancadas, com bandeirinhas do Brasil.

Inicialmente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva passará as tropas em revista e depois se dirigirá, no Rolls Royce presidencial, à tribuna de honra localizada nas imediações do Ministério da Defesa para as honras militares.

Lá, assistirá aos alunos que conduzirão as bandeiras dos estados brasileiros, do Distrito Federal e, em destaque, as do Brasil e da França, país homenageado este ano.

Depois, haverá a execução do Hino Nacional pela banda do 1º Regimento de Cavalaria de Guarda dos Dragões da Independência, com a passagem, em seguida, da Esquadrilha da Fumaça e depois a execução do Hino da Independência.

O general Américo Salvador de Oliveira, comandante militar do Planalto, em cima de um veículo modelo Cascavel, pedirá ao presidente Lula autorização para iniciar a parada cívico-militar.

Por ser o Ano da França no Brasil desfilarão, entre os militares brasileiros, a banda da Marinha francesa, o 1º Regimento da Guarda Republicana da França e uma tropa da Legião Estrangeira.

Foram instalados pelo Exército e pelo governo do Distrito Federal 15 postos de saúde ao longo do trecho onde ocorrerá o desfile. Há arquibancadas com capacidade para receber entre 40 e 50 mil pessoas, segundo o Palácio do Planalto.

De acordo com o capitão do Exército Fábio de Blasi, a equipe de saúde está preparada para atender qualquer eventualidade, incluindo casos suspeitos de influenza A (H1N1) --gripe suína.

da Agência Brasil

domingo, 6 de setembro de 2009

Sarkozy chega ao Brasil para negociar acordo militar

da Folha Online
da Efe

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, chega neste domingo ao Brasil para negociar um acordo militar.

Segundo reportagem da Folha, o acordo será assinado amanhã e prevê a compra de submarinos e helicópteros num total de 8,5 bilhões de euros.

Provavelmente o valor será maior com a compra de caças franceses.

Sarkozy deverá assinar a "parceria estratégica" após as comemorações do Sete de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, onde o será o convidado de honra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ao final das comemorações, Lula e Sarkozy se reunirão no Palácio da Alvorada, onde o presidente francês receberá a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul no grau Grande Colar, a mais alta condecoração do Estado brasileiro.

Após a homenagem, os dois presidentes terão um encontro particular e, depois, deverão assinar acordos bilaterais nas áreas de defesa, cooperação policial, imigração, transportes, agricultura e tecnologia, entre outras.

O acordo mais importante dos que serão assinados durante a visita do presidente francês se refere à construção conjunta de um submarino de propulsão nuclear e outros quatro convencionais do modelo francês Scorpene, assim como do estaleiro onde serão fabricados os navios e de uma base naval de apoio.

O convênio também inclui 50 helicópteros de transporte franceses EC-725 para as Forças Armadas brasileiras, que serão fornecidos entre 2010 e 2016 por um consórcio formado pela brasileira Helibras e pela europeia Eurocopter, filial do grupo europeu EADS.

As operações com os submarinos e os helicópteros significarão para o Brasil um desembolso de US$ 12,317 bilhões.

Desse total, US$ 6,161 bilhões serão destinados ao programa de construção dos submarinos, enquanto o resto será para a aquisição das aeronaves.

Em ambos casos, foi definida a transferência de tecnologia francesa em todas as áreas, exceto a de propulsão nuclear.

Para concretizar a operação, o Senado brasileiro aprovou a contratação de empréstimos no valor de US$ 8,671 bilhões com um grupo de bancos europeus formado pelos franceses BNP Paribas, Société Générale, Calyon, Credit Industriel et Commercial e Natixis, junto com o espanhol Santander.

O Tesouro brasileiro financiará o resto desta operação, à qual o Ministério da Defesa deu caráter de "estratégica", pois busca reforçar a vigilância na plataforma marítima do país, onde foram descobertas grandes reservas de petróleo e gás.

Também na área de defesa, a França está na expectativa diante de uma decisão para a compra de 36 caças-bombardeiros para a Força Aérea Brasileira.

O resultado da licitação convocada pelo Brasil será anunciado nas próximas semanas, e permanecem na disputa a empresa francesa Dassault Aviation, com o caça Rafale; a sueca Saab, com o Gripen NG, e a americana Boeing, com o F/A-18 E/F Super Hornet.

O governo brasileiro manifestou publicamente sua inclinação pelo caça Rafale, especialmente devido à clara disposição da França de aceitar a transferência de tecnologia exigida na convocação.

sábado, 5 de setembro de 2009

O Brasil vai fechar maior contrato militar de sua história recente

da Folha Online

Hoje na Folha O Brasil assina na próxima segunda-feira (7) com a França o maior e mais importante acordo militar de sua história recente, com 8,5 bilhões de euros em submarinos e helicópteros. Provavelmente a conta será aumentada em breve pela aquisição de caças franceses, segundo informa reportagem deste domingo de Igor Gielow, secretário de Redação da Sucursal de Brasília da Folha.

Os presidentes Lula e Nicolas Sarkozy celebram a "parceria estratégica" após a festa do Sete de Setembro. Essa é a segunda visita de Sarkozy ao país em menos de um ano. Ele participará do feriado da Independência como convidado de honra.

O valor, a ser pago em até 20 anos e equivalente a R$ 22,5 bilhões, é muito superior às compras russas feitas pela Venezuela e aos acordos operacionais dos EUA com a Colômbia. O valor equivale a tudo o que está previsto em Orçamento para o PAC no ano. Os termos de financiamento dependem de aprovação final no Congresso.

Sarkozy espera fechar venda de avião de combate em visita ao Brasil

Paris, 5 set (EFE).- O presidente francês, Nicolas Sarkozy, viaja amanhã ao Brasil em uma visita oficial durante a qual espera fechar a operação de venda do avião de combate Rafale.

Acompanhado por vários ministros, o líder francês vai a Brasília como convidado de honra nos atos convocadas por ocasião do Dia da Independência.

No entanto, o objetivo prioritário da visita, de apenas 24 horas, é a venda do avião de combate fabricado pelo construtor francês Dassault Aviation, informa hoje o jornal "Le Monde".

A Dassault quer conseguir o contrato para a venda de 36 aviões de combate com os quais o Brasil renovará sua frota aérea militar, junto com o F-18 Super Hornet da americana Boeing, e o Gripen da sueca Saad.

A França parte como favorita na licitação, porque, segundo o jornal, além da qualidade de sua oferta, os franceses estão dispostos a transferir tecnologia a seu eventual cliente, algo que o Brasil colocou como condição.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu a entender que tem um favorito, em entrevista ao canal internacional "TV5 Monde" que será divulgada amanhã e na qual, segundo adianta o jornal francês, afirma que "o país que melhor responder a nossas condições terá as melhores oportunidades" e "sabem bem de que país quero falar".

A visita de amanhã será a segunda ao Brasil do presidente francês em menos de um ano, após a que fez em dezembro do ano passado e na qual França e Brasil selaram uma ampla "associação estratégica", com destaque para o âmbito da defesa.
UOL Celular