domingo, 20 de fevereiro de 2011

Dilma avisa que não há 'clima' para comprar os 36 caças


Para a presidente, a compra dos caças, no atual momento, poderia ser vista como uma "incoerência" do governo


O Planalto suspendeu a compra de 36 caças para integrar a Força Aérea Brasileira (FAB) enquanto estiver em vigor o período de austeridade fiscal. Após anunciar um corte no orçamento de R$ 50 bilhões, a presidente Dilma Rousseff avaliou que não há "clima" para se pensar em uma despesa militar da ordem de US$ 7 bilhões (cerca de R$ 12 bilhões), relataram quatro ministros ao jornal        O Estado de S.Paulo.

O governo decidiu não estipular prazo para a suspensão do debate, mas, na prática, qualquer decisão importante só deve ocorrer a partir de 2012. O consenso na área econômica é que o ciclo de ajuste - contingenciamento orçamentário e subida dos juros - deve se estender por todo o ano de 2011.           A compra dos caças é bombardeada especialmente pela equipe econômica

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Primeira tenente índia é incorporada ao Exército brasileiro

Agência Brasil/JG
 
Em mais uma conquista das mulheres e das minorias étnicas, o Exército brasileiro incorporou hoje (3) a primeira tenente índia. Sílvia Nobre Waiãpi concorreu com 5 mil candidatos e foi aprovada com uma das melhores pontuações no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (Cpor) do Rio de Janeiro, onde faz o estágio.
Natural do Amapá, da etnia Waiãpi, Silvia é formada em artes e fisioterapia e está fazendo pós-graduação em gênero e sexualidade pelo Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
A nova oficial do Exército quer que seu exemplo possa inspirar outros jovens índios espalhados por milhares de aldeias no território nacional, que muitas vezes ficam sem alternativa profissional e acabam caindo no isolamento, no vício das drogas ou até na criminalidade.
“Eu lutei para chegar até aqui, respeitando todos os ensinamentos que aprendi com os meus antepassados. Porque um povo que não preserva a sua identidade e nem guarda a memória dos seus mortos não sabe de onde veio e nem para onde vai”, afirmou Sílvia.
A militar considera fundamental a integração dos índios à sociedade formal, principalmente por meio da continuidade dos estudos. “É importante que todos os indígenas estejam inseridos nesta sociedade", disse.
Sílvia vê um papel decisivo das Forças Armadas na política indigenista do país, pois os militares têm meios e pessoal para chegar a comunidades muito afastadas e de difícil acesso, levando apoio social e exercendo ações na área de saúde.
“O Exército salvaguarda as fronteiras e a soberania do país em locais muitas vezes esquecidos. As Forças Armadas servem de suporte e apoio, com hospitais de campanha e atendimento às populações ribeirinhas.”
Ela vai passar os primeiros seis meses fazendo estágio como aspirante a oficial, quando será promovida a tenente. “Eu escolhi o Exército porque aqui eu posso ser igual a todo mundo. Aqui tem lugar para brancos, para negros, para índios. É uma força que integra toda a sociedade brasileira.”