sexta-feira, 12 de março de 2010

Em cerimônia de despedida, familiares de militar de MS dizem que ele morreu fazendo o que mais gostava


Midiamax
Jacqueline Lopes, Paulo Xavier e Alessandra de Souza

Nascido em 20 de maio de 1985 em Aquidauana (MS), o jovem cabo Rodrigo da Silva Correa, 24, residia em Campo Grande com a companheira Aline da Silva, 20. Há três anos junto, o casal pretendia se casar e construir família.

O sul-mato-grossense morreu na noite de quarta-feira (10) [21h50] durante o treinamento de vôo visual noturno que aconteceu dentro do Pantanal, na região de Nhecolândia. A aeronave teria saído do aeródromo, perdido as coordenadas e na escuridão se chocou no solo. A explosão matou carbonizados os quatro jovens militares.

Hoje, a jovem Aline da Silva esteve junto com a família dos outros quatro militares no 3º Batalhão de Aviação do Exército (3º BAvEx) em Campo Grande. Lá, o silêncio, lágrimas, homenagens.

Os caixões foram lacrados. Os corpos levados para as respectivas cidades. A vida militar é meio cigana. Os jovens viajam o Brasil inteiro.

Para os familiares, um misto de orgulho e dor. “Ele morreu fazendo o que mais gostava”, lembra a companheira de Correa. Todos da família dele disseram o mesmo. O corpo vai ser sepultado na cidade onde ele nasceu e passou a infância, em Aquidauana, onde começa o Pantanal de Mato Grosso do Sul.
Alessandra de Souza
Sul-mato-grossense foi uma das vítimas de acidente aéreo (foto detalhe cedida pelo Exército)

Morreram no desastre os capitães André Luiz dos Santos, nascido em 4 de julho de 1978, em Itajuba (MG), Vinícius Viglioli Salgado, [27 de março de 1980] de Juiz de Fora (MG), o sargento Renan Moreira Orizo [nascido em 27 de julho de 1986], da cidade de Caraguatatuba (SP).

Os familiares das vítimas participaram da cerimônia de homenagem e despedida militar. Os corpos serão trasladados para as respectivas cidades.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Para CMO, poder de polícia não muda atuação do Exército


Paulo Fernandes
Marcelo Victor

Comandante do CMO, General Ferrarezi, diz que projeto apenas garante segurança jurídica ao que já vem sendo feito
Comandante do CMO, General Ferrarezi, diz que projeto apenas garante segurança jurídica ao que já vem sendo feito
O Comandante do CMO (Comando Militar do Oeste), general Renato Joaquim Ferrarezi, afirmou nesta quarta-feira, que o projeto de lei complementar que atribui poder de polícia às Forças Armadas nas áreas de fronteira não vai mudar a atuação do Exército.

A proposta aprovada na Câmara dos Deputados, segundo ele, apenas dará respaldo jurídico ao que já vem sendo feito desde 1999.

“Não tem mudança, é mais um respaldo jurídico. Alguém ao ser preso podia alegar que o Exército não tem poder de polícia”, afirma. “A faixa de fromteira, de 11 mil km em todo o país, sempre foi patrulhada pelo Exército, Marinha e Aeronáutica e vai continuar sendo”.

Ele explicou que o Exército faz a prisão e encaminha à Polícia Federal e que isso vai continuar sendo feito, exatamente da mesma maneira.

O projeto aprovado pela Câmara ainda precisa ser aprovado pelo Senado antes de seguir para a sanção (ou veto) presidencial.

Com mais de 13 mil homens, o CMO atua em todo Mato Grosso e Mato Grosso do Sul - estados com 2.500 km de fronteira. Somente na faixa de fronteira, em Mato Grosso do Sul, o Exército conta com 4.000 homens.

Pela Bolívia, é mais comum a tentativa de entrada de drogas, principalmente cocaína. Já na fronteira com o Paraguai, a preocupação é com a entrada de armas.

O CMO atua na fronteira com as Polícias Federal, Rodoviária Federal e Militar, com o DOF (Departamento de Operação de Fronteira) e com o GEF (Grupo Especial de Fronteira).